Paulo Afonso reeleito presidente do GD Bragança para novo biénio

Paulo Afonso foi reeleito presidente do Grupo Desportivo de Bragança (GDB), após o ato eleitoral realizado esta sexta-feira no Auditório da União das Freguesias de Sé, Santa Maria e Meixedo. Ao sufrágio apresentou-se apenas uma lista, encabeçada pelo dirigente, que foi reconduzido para um terceiro mandato consecutivo, com um total de 36 votos a favor, correspondendo a uma eleição por unanimidade.
Antes da votação, decorreu a apresentação e aprovação do Relatório de Contas referente à última época, que mereceu o parecer favorável unânime dos sócios presentes. O clube apresentou um saldo positivo, com receitas de 292.680 euros e despesas na ordem dos 289.735 euros.
“As contas não estão ainda como queríamos, mas é verdade que o saldo é positivo. As despesas para defrontar as competições nacionais são muitas e algumas delas inesperadas, como multas e ajustes da logística. O dinheiro não estica e exige muita ponderação e uma gestão cuidada. Os apoios que existem são necessários e seria importante contarmos com ainda mais apoio de toda a cidade e das indústrias locais, acreditando que o sucesso do clube também dinamiza a economia local”, referiu Paulo Afonso após a reeleição.
Apesar da ausência de oposição, o presidente reconheceu a importância do pluralismo. “Acredito que deveria existir oposição à minha candidatura. Seria importante haver outras listas que trouxessem outras ideias para o clube, além de que esta direção já soma cinco anos ao leme do clube e é uma posição muito desgastante pela responsabilidade que acarreta.”
Na vertente desportiva, o dirigente destacou a época positiva da equipa principal, que terminou no terceiro lugar da Série A do Campeonato de Portugal, alcançando com distinção o objetivo da manutenção.“A campanha da equipa na época passada foi excelente, conseguimos manter a equipa principal no Campeonato de Portugal, terminando a época com uma posição que só pode orgulhar todos os brigantinos. Esperamos que na próxima época consigamos, já não digo melhor, mas igual, o que seria muito bom”, afirmou.
Ainda assim, Paulo Afonso adotou uma postura prudente quanto à possibilidade de o clube assumir metas mais ambiciosas, como a subida à Liga 3. “O clube ainda não tem condições para assumir uma Liga 3. Se dissesse o contrário, mentia aos sócios e à cidade. Ainda não temos, nestes moldes atuais, a capacidade financeira e logística para assumir esse desafio.”
O dirigente acrescentou, contudo, que esse patamar poderá ser alcançável a médio prazo, desde que exista uma transformação estrutural no modelo de gestão do clube. “Acredito que, com trabalho e mantendo estes sinais positivos de evolução, poderemos, daqui a dois ou três anos, almejar esse patamar. Para conseguirmos isso, acredito que só com a entrada de investidores, através da criação de uma Sociedade Anónima Desportiva (SAD). Essa é uma das propostas que temos em cima da mesa e que poderá constar numa futura alteração de estatutos, pois nestes moldes é muito difícil.”
Relativamente ao comando técnico da equipa principal, foi confirmada a continuidade de André Irulegui e da restante equipa técnica que terminou a época passada. “A equipa técnica vai-se manter, sendo que vamos trabalhar para manter a base da equipa do ano passado”, adiantou o presidente.
A estrutura da nova Direção para o biénio 2025-2027 foi também revelada. Paulo Afonso mantém-se como presidente, sendo coadjuvado pelos vice-presidentes Rui Martins e Ricardo Miranda. Entre os novos elementos destacam-se o empresário Luís Rio e Ximena Loureiro, antigo capitão e figura emblemática do clube. No Conselho Fiscal, David Fernandes assume a presidência, enquanto Raul Fernandes lidera a Mesa da Assembleia Geral. André Veloso será o tesoureiro e Domingos Veleda o secretário.
Fotos: Guilherme Moutinho