Nordeste Transmontano

Raça Mirandesa sente efeitos do embargo da Rússia

Publicado por Francisco Pinto em Qua, 2014-09-10 18:15

O embargo da Rússia aos países ocidentais já está a causar prejuízos à Cooperativa Agropecuária Mirandesa (CAM).
Recorde-se que a CAM exportava subprodutos de carne bovina mirandesa. Mas “com o embargo da Rússia perdemos mercado naquele país, principalmente, em produtos ultracongeladas como dobradas, rins, coração ou mão de vaca que vendíamos para este mercado, tudo o que era produzido neste segmento ", explicou  o administrador da CAM, Nuno Paulo.
A CAM iniciou a exportação de carne de bovino de raça mirandesa para a Rússia, país que começou a dar "nota positiva" a esta raça autóctone do Nordeste Transmontano no início das transações comerciais, com cerca de 30 toneladas de produtos congelados.
"Desde a anexação da Crimeia e do conflito no Leste da Ucrânia que começamos a sentir quebras das exportações, já que havia encomendas fixas e estas ficaram de imediato bloqueadas. Os negócios começaram a correr mal no início do corrente ano, já que apenas fizemos uma venda em janeiro e pouco mais", acrescentou o responsável.
A informação foi avançada no decurso do Concurso Nacional de Raça Bovina Mirandesa que decorreu em Malhadas, concelho de Miranda do Douro, e que juntou mais de duas centenas de animais desta raça autóctone.
O responsável da cooperativa adiantou ainda que há encomendas feitas que não podem ser despachadas devido ao embargo em vigor.
Assim, os responsáveis pela CAM já anunciaram que vão começar a procurar outros mercados para os produtos que eram exportados para aquele mercado.
As exportações para a Rússia eram feitas através de uma plataforma comercial existente no Luxemburgo e o retorno estava-se a revelar "muito promissor", explicou Nuno Paulo.

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