Nordeste Transmontano

Silvestre Pestana revela-se a Bragança com ‘Código Aberto’

Publicado por Glória Lopes em Qui, 2021-05-06 10:47

O artista madeirense Silvestre Pestana trouxe ao Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, em Bragança, o ‘Código Aberto’, uma exposição que reúne um conjunto de obras que produziu durante a sua carreira, que revelam a constante procura de novas estratégias de relação e articulação entre a linguagem, o corpo e a tecnologia. “Chama-se Código Aberto, o que à partida é uma contradição. Porque um código é uma maneira de guardar de uma forma muito específica e condicionada informação, que precisa de condições para poder ser revelada. Mas neste momento a ciência permite ler, por exemplo, o código genético. Se os códigos da natureza começam a ser revelados, então a arte é um código que nós assumimos que está fechado, precisa de entendimento e apreciação. Mas está aberto porque está disponível. Então, na situação entre o segredo e a revelação, a arte está disponível. É um código que está aberto”, explicou Silvestre Pestana, durante a inauguração da exposição no CAC, na passada sexta-feira.
Para o artista, fazer uma exposição e nomeá-la é sempre “um desafio”. Neste caso junta obras produzidas entre os anos 80 e a atualidade, algumas das quais resgatadas ao pousio pelo diretor do CAC, Jorge da Costa. “Ao escolher a noção de Código Aberto estamos a dizer que aqueles que queiram inquirir, apreciar e aprofundar os elementos todos, do entendimento e da compreensão, não estão escondidos. Estão disponíveis”, vincou Silvestre Pestana.

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