A opinião de ...

Tempo de esperança

Os Cristãos Católicos vivem, por esta altura, o mais significativo período da sua fé, com a celebração do Tríduo Pascal, que recorda a morte e ressurreição de Jesus Cristo.
Apesar dos tempos conturbados que a sociedade portuguesa vive atualmente, com constantes subidas de preços de todo o género e feitios, de subidas de taxas de juros, de dificuldades no arrendamento, a Páscoa deve ser encarado como um tempo de esperança.
Por estes dias, o Papa Francisco lançava um convite. “Convido-os a vivê-la [a Páscoa] como nos ensina a tradição do santo povo fiel de Deus, ou seja, acompanhando o Senhor Jesus com fé e amor. Aprendamos da nossa Mãe, a Virgem Maria: ela seguiu o seu Filho com a proximidade do coração, era uma só alma com Ele e, mesmo não compreendendo, juntamente com Ele entregava-se plenamente à vontade de Deus Pai”.
O Santo Padre deixava, por isso, um pedido especial.
“Que Nossa Senhora nos ajude a permanecer próximos de Jesus presente nas pessoas que sofrem, descartadas, abandonadas”, concluiu o Papa, desejando a todos, bom caminho rumo à Páscoa.
Por cá, na diocese de Bragança-Miranda, os fiéis mantêm a esperança de, brevemente, verem nomeado o seu bispo. Uma esperança que renasce a cada semana que passa.

Enquanto isso, o país lá vai caminhando entre audições parlamentares de comissões de inquérito e formas mais ou menos questionáveis de perceber se, de facto, a descida de IVA decretada pelo Governo para alguns produtos vai, ou não, chegar ao bolso do contribuinte.
A fé que isso venha a acontecer é que fica cada vez mais abalada à medida que os dias passam e nem o anunciado recurso a duas empresas privadas para vigilância da operação parece aplacar a dor dos descrentes desta medida, que são cada vez mais.
Entre o pouco que se alivia no bolso dos contribuintes e o que se gasta em fiscalização do seu cumprimento, lá vai “o burro com as cangalhas”, como diz a sabedoria do povo.

Resta, por isso, olhar com fé e esperança e com a crença num futuro melhor, recordando as palavras de Cristo na cruz: “Perdoai-lhes, Senhor, pois não sabem o que fazem”.

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