A opinião de ...

ALERTA COVID-19

1 – OS NÚMEROS NÃO MENTEM NEM ENGANAM
Desacreditando todas as tentativas para ”dourar a pílula”, vindas de todos os quadrantes, da sociedade, numa realidade crua e dura, impossível de ignorar, estão de volta números de infetados muito preocupantes, não permitindo que ninguém, em seu perfeito juízo, possa relaxar ou dormir descansado.
Para avivar a memória dos mais distraídos, lembro o número de mortos e de infetados, dos primeiros dias de julho de 2020 e de 2021.
Mortos:
Em 2020: dia 1-14, dia 2-12, dia 3-8, dia 4-8 e dia 5-10.
Em 2021: dia 1-5, dia 2-7, dia 3-4, dia 4-0 e dia 5-5.
Infetados:
Em 2020: dia 1-195,dia 2-195, dia 3-366, dia 4-331 e dia 5-377.
Em 2021:dia 1-.2449,dia 2-2.426, dia 3-2.605, dia 4-2.041 e dia 5-1.483.
Acresce a tudo isto a nova realidade, altamente preocupante e a ter muito em conta, do súbito crescimento exponencial do número de infetados na região norte do país, que parecia estar livre da nova variante da “Delta” o que, afinal não passou duma triste e grande desilusão, e o número de infetados cresce a um ritmo tão elevado, que está a duplicar a cada seis dias que passam.
2- A CONTINUAR ASSIM, NÃOÉ DE ESPERA NADA DE BOM.
As causas de tudo isto estão aí e basta abrir os olhos para as ver mas, por mais que isto desagrade e incomode muita gente, é triste continuar a constatar que este nosso país nunca mais aprende, e que meio mundo continua sentado à sombra da bananeira, à espera que as dificuldades se resolvam por si mesmas, ou sejam os outros a resolvê-las mas, porque as coisas não são assim, só quando tudo começa a ir por água abaixo é que, como baratas tontas, se vai correr, desalmadamente, atrás do prejuízo.
E era tão simples e tão fácil evitar isto, bastando para tal que, sem estar à espera que as soluções caíam do céu ou que sejam sempre os outros a encontra-las, cada um assumisse a quota parte das suas responsabilidades.
3 – ACABOU O TEMPO DE BRINCAR EM SERVIÇO
Atendendo às características da nova estirpe da “Delta” que tornam muito perigosa esta quarta vaga da pandemia, é urgente que, pelos responsáveis, com toda a prudência, coragem e lucidez, sejam tomadas todas as medidas pragmáticas e inteligentes, mas, ao mesmo tempo, claras, suficientemente rígidas e dura, que possam prevenir e dissuadir todos os desmandos e todas as tentativas de fugir ao seu cumprimento, condições indispensáveis para um combate eficiente à pandemia.
Por tudo, e é muito, o que volta a estar em causa, não pode ser tolerado a ninguém que se continue a optar pela nossa crónica e perigosa cultura de permissividade e muito menos que, por mau aproveitamento dos meios disponibilizados, seja por incompetência, incapacidade, desinteresse, desleixo ou má vontade dos agentes envolvidos, possa ser posta em causa a vitória nesta guerra sem tréguas e sem quartel contra a pandemia em que todos estamos envolvidos.
A luta é difícil, mas vale a pena.

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