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Obras na Igreja [23] Um dos elementos mais importantes da estrutura edificada, o telhado.

“Ninguém começa uma casa pelo telhado”, a não ser que se trate de uma obra de requalificação de uma estrutura edificada, tal como uma igreja.
A necessidade de suster infiltrações, obriga a estar atento às coberturas, para evitar derrocadas de muros e paredes, ou simplesmente não permitir que a talha dourada, objetos e, alfaias, que se encontrem no interior da igreja, possam perder-se irremediavelmente.
Não mais deveríamos ouvir de um responsável de uma paróquia: “no telhado, houve substituição de telhas, mas o entulho que lá havia não foi removido. Aquilo está uma lixeira. Um engenheiro já nos disse que a requalificação do telhado exige muito cuidado”… As boas práticas recomendam a promoção anual da limpeza de telhados, caleiras, algerozes, a substituição de elementos cerâmicos degradados, a reparação de cúmios, o cuidado com os rufos, para evitar infiltrações indesejáveis.
Quando já não forem suficientes os cuidados preventivos, primários e, sejam necessárias intervenções de fundo, que impliquem substituição total dos elementos cerâmicos, das vigas, dos caibros, das ripas, dos forros, sentem-se definam estratégias, peçam aconselhamento técnico especializado e, se ainda não tem projeto não percam tempo, mandem executá-lo! Para além de tudo isto, temos também que ter atenção que há estruturas de madeira, da cobertura, que exigem cuidados especiais de conservação, salvaguarda e valorização, dada a antiguidade do edifício. Por vezes é também necessário realizar novas estruturas, por inexistência das mesmas e, isso exige cuidados especiais e competência técnica na área, que não pode ser descurada.
Um projeto da cobertura é muito mais do que um esboço, de peças da estrutura do telhado, ele deve prever um conjunto de soluções que passam pela escolha do material cerâmico, do isolamento hidrófugo, acústico e, térmico, que permita obter a solução mais adequada e atual. Vão dizer-me: “mas essa é uma solução cara, para quem não tem dinheiro nenhum”! Acredito mas, os tempos que correm não se compadecem com amadorismos. Há que elaborar candidaturas, lançar mão de financiamentos coletivos. Não desanime, pois, “telha de igreja sempre goteja. O tempo é de assertividade, saber exatamente o que queremos, com quanto contamos, para sermos credíveis, para que, no mais curto espaço de tempo, consigamos os fundos necessários, para reparar um dos elementos mais importantes da estrutura edificada, o telhado.

Já agora lembre-se, como dizia John F. Kennedy: “a hora certa de consertar o telhado é quando faz sol”.

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