JOGOS DE CARTAS

Autarquia e Cáritas organizam torneio de sueca solidário com pretensão de vir a fazer um campeonato nacional

Publicado por AGR em Seg, 2023-08-14 16:48

Em jogo estão 1300 euros em prémios, com os vencedores a arrecadarem 600.

Inscrição custa 20 euros por equipa e o prazo termina a 20 de agosto.

O Município de Vila Flor e o grupo local da Cáritas Diocesana estão a organizar um torneio de sueca (jogo de cartas) com o objetivo de fomentar o convívio, angariar financiamento para a Cáritas vilaflorense mas a pensar já em alargar, no próximo ano, a um campeonato nacional. A iniciativa deste ano decorre nos dias 26 e 27 de agosto, com as inscrições a encerrarem no dia 20 (próximo domingo).

“É a primeira vez que se organiza. O objetivo, além da divulgação do jogo em si e do convívio, é ajudar o grupo da Cáritas de Vila Flor, visto que temos muitos utentes, cerca de 250 a quem acompanhamos. Apesar de o município nos ter dado cinco mil euros no início e duas juntas mais 700 euros, isso é insuficiente para as necessidades. Ajudamos com medicamentos, gás, rendas de casa, farmácia, fraldas para idosos”, explicou ao Mensageiro Virgílio Morais, um dos cinco elementos da Cáritas de Vila Flor, formado há pouco mais de meio ano.

Esta iniciativa conta com o apoio do município, que ambiciona fazê-la crescer no próximo ano.

“Tudo tem sempre um objetivo maior. Vamos começar com este passo. Depois, faremos um balanço e veremos onde enquadramos esse desejo de tornar este torneio mais abrangente. Mas sem este primeiro passo não poderemos avaliar nem planear o seguinte”, frisou o presidente da Câmara de Vila Flor, Pedro Lima, que admita a “expectativa” de que este ano o torneio tenha “bastante adesão”.

“Tem uma vertente de convívio e outra de contribuição para uma causa, que é reconhecida pelo seu trabalho de prestação social. É um grupo muito dinâmico e que tem tentado colmatar algumas necessidades que existem a nível concelhia e para as quais não havia uma resposta incisiva. É a melhor forma de o fazer pois através da Cáritas, que é uma entidade independente, acaba por ser uma forma mais eficaz de chegar às pessoas, que se sentem mais à vontade de aceitar um apoio desta organização”, frisou Pedro Lima.

Os prémios são aliciantes. Cada equipa paga 20 euros de inscrição mas em jogo estão 600 euros para o vencedor, 400 para os segundos classificados, 200 para os terceiros e 100 para os quartos.

Virgílio Morais explica ainda que, ao contrário do que acontece normalmente, a Cáritas de Vila Flor não fornece apenas alimentos não perecíveis.

“Damos fruta, hortaliças, carne, peixe, e vamos nós entregá-lo às pessoas do concelho, com os nossos carros”, sublinha.

“No concelho há mais gente necessitada do que parece. Numa só freguesia apoiamos 22 casas. Uma pessoa que tenha só a sua pensão, que aqui são baixas, está à beira do limiar da pobreza. Na farmácia, levantam apenas os medicamentos mais baratos, que são os que menos precisam, porque os mais necessários são caros”, explica Virgílio Morais.

De acordo com o mesmo responsável, a Cáritas de Vila Flor tem “diferentes fontes de receita”. “Estamos a fazer um sorteio. Vamos fazer um almoço solidário e uma caminhada solidária”, explica.

Para além do apoio à população do concelho, também estão a ajudar “dois timorenses, enviados pela Cáritas de Beja”. “Já estão a trabalhar numa empresa daqui. Já arranjámos alguns empregos. Os que não aceitam, deixamos de apoiar”, explica, deixando ainda um agradecimento ao “Pe. Bento Soares e ao Rui Magalhães, da Cáritas de Bragança, por todo o apoio”.

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