Macedo de Cavaleiros

Concelho tem meios para ser a capital da Proteção Civil só falta o governo dizer: sim

Publicado por Glória Lopes em Qui, 2022-06-09 11:40

Macedo de Cavaleiros tem condições para se tornar a capital Interior da Proteção Civil, uma “denominação um pouco ambiciosa”, mas que o autarca local, Benjamim Rodrigues, considera que “faz sentido pela centralidade do município e pela disponibilidade de meios e de infraestruturas”, afirmou à margem da inauguração das obras de requalificação do quartel da GNR de Macedo de Cavaleiros, no passado domingo. “O concelho dispõe de heliporto, onde está estacionado o helicóptero do INEM, as plataformas estão em ampliação o que dá maior capacidade às aeronaves para combate a incêndios, uma base de apoio logístico que congrega as várias forças de intervenção no terreno em situações de emergência e incêndios”, descreveu Benjamim Rodrigues.
O centro de Proteção Civil faria sentido “pela área envolvida, pela centralidade e pela concentração de meios”, sublinhou autarca, apesar de os meios serem provisórios “temos o projeto e queremos tornar os meios definitivos”.
Agora espera que haja sensibilidade por parte das autoridades regionais, da Federação de Bombeiros e das instituições de ensino superior e do Ministério da Administração Interna.
No concelho está em constituição um grupo de sapadores florestais, no conjunto dos cinco que ficarão localizados na região Norte. “Eu apelava à constituição de uma escola profissional para combater o esvaziamento demográfico e darmos competências à região para que tenhamos pessoas capazes de integrar essas forças e esses grupos, nomeadamente os bombeiros”, descreveu.
A câmara municipal já reuniu com os institutos politécnicos para manifestar o interesse em constituir as escolas e os cursos, em colaboração com a Associação Humanitária dos Bombeiros de Macedo de Cavaleiros.
A escola profissional podia ficar instalada nas instalações do Instituto Piaget, adquiridas pelo município.
O Ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, ficou “sensível” ao projeto “ambicioso”, da Câmara, mas defendeu que é preciso diálogo com os vários municípios no distrito e no país. “Para procurarmos aperfeiçoar a nossa resposta que já tem vindo a ser muito aperfeiçoada, muito qualificada, para garantir que os municípios e as comunidades locais são cada vez mais resilientes e cada vez mais capazes de fazerem face a complexos e vastos desafios, que são novos, como as alterações climáticas, que trouxeram riscos acrescidos de incêndios florestais, o despovoamento , a desertificação, que traz problemas de isolamento aos quais é preciso fazer policiamento de proximidade”, sublinhou.

Assinaturas MDB