Há cada vez mais casos de falsas acusações para serem usadas como arma de arremesso nos divórcios

Há cada vez mais casos de falsas acusações de maus-tratos ou abusos usadas como arma de arremesso em processos de divórcio. A constatação foi feita durante o seminário do Dia Internacional da Família, na passada segunda-feira, organizado pelo CAFAP – Centro de Apoio Familiar e Aconselhamento Parental do Patronato de Santo António, em Bragança.

O tema principal em análise foi a Igualdade no Casal Parental nos Diferentes Papéis Educativos, centrado na importância da prevenção e intervenção subsidiária nos processos em conflito parental.

Eva Delgado Martins, que trabalha nesta área, sublinhou que “é um fenómeno muito crescente porque os divórcios são cada vez mais. Temos de fazer prevenção, prevenir que não existam conflitos porque temos família que estão em conflito há cinco, dez anos. Os conflitos têm-se agudizado e têm-se criado falsas questões como a utilização de falsas acusações, de violência doméstica, que prejudicam a intervenção, de abusos sexuais, que introduzem ruído no processo, que muitas vezes param para haver investigação, e a vinculação diminui. A nossa perspetiva é que, mesmo que haja um processo, os pais não podem deixar de ver os filhos.

Pode ser com acompanhamento, com supervisão... Não se podem parar os convívios e retomá-los passados dois ou três anos”, sublinhou, em declarações ao Mensageiro, à margem do seminário.
 

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