José Silvano é candidato a presidente da Assembleia Municipal pela AD

Está confirmado. José Silvano será o candidato da coligação AD a Presidente da Assembleia Municipal de Mirandela nas autárquicas de 12 de outubro. “Sim, sou candidato”, diz.
O antigo Presidente da Câmara de Mirandela - entre 1996 e 2012 – também confirma ter sido sondado, há cerca de meio ano, pelo secretário-geral do PSD, pelo presidente da distrital de Bragança e pelo líder da concelhia de Mirandela, para saber da sua disponibilidade para ser candidato à Câmara de Mirandela, mas José Silvano recusou, alegando falta de motivação.
“Depois de ter sido 16 anos Presidente da Câmara, era preciso dar lugar aos novos, uma nova geração com ideias novas, inovadoras, e já não tinha dentro de mim essa vontade para voltar a ser candidato e, recusei o convite na altura”, afirma. No entanto, deixou uma garantia: “disse que estaria disponível a ajudar o Partido para as circunstâncias em que precisar, noutro lugar qualquer que não exija da minha parte nem tanto trabalho, nem tanta dedicação, se, na altura, fizesse um juízo de valor que me levasse a concluir que sou útil nessa situação”, acrescentando que, “além de ter sido Presidente do Partido a nível concelhio, distrital e até secretário-geral, a segunda figura mais importante do Partido, devia essa disponibilidade se ela fosse necessária”.
Passados estes meses, José Silvano considera que pode ser mais útil ao Partido e a Mirandela no cargo de Presidente da Assembleia Municipal e dá como exemplo a questão da urgência da cirurgia geral do Hospital de Mirandela, fechada há quase dois anos. “Perdemos as urgências porque não houve capacidade de reivindicação dos órgãos autárquicos locais e, quando digo dos órgãos, é da Câmara e da Assembleia Municipal e de todos os órgãos eleitos autarquicamente”, confrontado com o facto de, em 2006, também terem sido encerrada a maternidade, quando era o autarca, Silvano argumenta: “mas a diferença é que nós perdemos a maternidade, mas lutamos por ela. Juntamos milhares de pessoas numa manifestação da Câmara até o Hospital que invadiu as ruas de Mirandela e fizemos aquela marcha lenta à volta do IP4 que deu em toda a comunicação social, não conseguimos, mas lutamos e caímos de pé. E pela urgência não vejo essa luta, foi pífia em termos de reivindicação pública, isto não é nenhuma crítica à Câmara, porque não é competência da Câmara estar a abrir as urgências do Hospital, mas quase que posso assumir o compromisso que, se for Presidente da Assembleia Municipal, nós vamos lutar para que reabra”, diz.
E para isso, garante ter uma solução para a reabertura daquela valência. ”Lutar por fazer uma parceria público-privada entre a saúde pública e a saúde privada, que neste caso também existe em Mirandela, através do Hospital Terra Quente. Um princípio que esta Ministra da Saúde está a levar a efeito em termos experimentais em vários sítios de uma parceria pública ou privada para que funcionem as urgências em determinados locais e nós temos condições para que a saúde privada e a saúde pública se possam unir para que funcione a urgência de Mirandela, até porque para os mirandelenses não interessa se ela funciona com médicos do privado ou médicos do público, o que interesse é que funcione”, reforça o ex-autarca.
Silvano diz que também será a prioridade a reivindicação do regresso da sede da Direção Regional de Agricultura de Trás-os-Montes a Mirandela, uma perda para a qual “responsabilizo diretamente o Governo PS”.