O Diabo foi queimado na praça

A queima do Diabo foi o ponto alto do Carnaval na cidade de Bragança, uma atividade que juntou algumas centenas de pessoas na Praça Cavaleiro de Ferreira, ao final da tarde de sábado.
Hernâni Dias, o autarca de Bragança, deixou uma palavra de agradecimento aos que, apesar do mau tempo, saírem de casa para ir ver o espectáculo na rua. “O mau tempo hoje veio estragar um bocadinho o nosso programa. Tínhamos um desfile programado com muita gente, muitas escolas que este ano aderiram em grande número, mas há coisas que não conseguimos controlar. Mesmo assim foram muitos os que saíram de casa esta tarde”, referiu.
O desfile de caretos com os alunos das escolas foi cancelado devido à chuva, mas as restantes atividades programadas, como a luta da galhofa, introduzida no Carnaval pela primeira vez, e a queima do Diabo, foram realizadas. Este Entrudo mais tradicional, cujos ritos ancestrais balançam entre o sagrado e o profano, está a ganhar adeptos, o de Bragança não foi exceção. “Isto é uma parte de Bragança, a forma de viver das nossas populações nesta época. É uma marca cultural que muitos apreciam”, afirmou o edil.José Reis, residente em Moimenta da Beira, deslocou-se ao Nordeste Transmontano precisamente para participar. “Tinha muita curiosidade por ser um Carnaval diferente, é mais regional e próprio de Trás-os-Montes. Cada localidade tem as suas características, este tem a particularidade de se ter de andar bem agasalhado. Gostei deste momento da queima do Diabo porque tem um simbolismo bastante forte”, acrescentou José Reis.