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“A paixão de Jesus Cristo continua na humanidade em tempo duríssimo da pandemi

Publicado por AGR em Sex, 2020-04-17 10:47

Foi durante a celebração da Sexta-feira Santa, na catedral de Bragança, que o bispo de Bragança-Miranda, D. José Cordeiro, disse que “a paixão de Jesus Cristo continua na humanidade em tempo duríssimo da pandemia covid 19”.
D. José Cordeiro referia-se aos “doentes, idosos, aos que vivem sós, aos esquecidos da sociedade, aos jovens sem rasgos de futuro, aos desempregados, aos emigrantes, aos pobres, à vítimas de violência física e psicológica e aos desanimados da vida, mesmo aqui no Nordeste Transmontano”.
“Por isso, ousamos dizer: «adoramos, Senhor a vossa Cruz, louvamos e bendizemos a vossa ressurreição gloriosa: pela Cruz veio a alegria ao mundo inteiro». De facto, «Ele, ao morrer, matou em Si a morte; nós somos livres da morte pela sua morte» (St. Agostinho)”, disse D. José.
O bispo lembrou, ainda, uma oração escrita por Abbé Henri Pereyve (1831-1865). “Gostaríamos de cruzar o nosso olhar com o olhar do coração da Senhora das Graças e dizer-lhe com o coração ao alto:
«Virgem Santíssima, na vida gloriosa em que viveis,
não esqueçais as tristezas terrenas.
Lançai um olhar de bondade sobre aqueles que sofrem,
que lutam contra as dificuldades
e que não cessam de experimentar as amarguras desta vida.
Tende compaixão daqueles que, amando-se, vivem separados.
Tende clemência do isolamento do nosso coração.
Tende caridade da fraqueza da nossa fé.
Tende bondade dos que são objetivo da nossa ternura.
Tende caridade dos que choram, dos que imploram, dos que sofrem.
Dai a todos a esperança e a paz»”, disse D. José Cordeiro.
O prelado do Nordeste Transmontano falou ainda do “Sinal da Cruz”. “Como Romano Guardini, queremos também exortar: «Quando fizeres o sinal da cruz, fá-lo bem feito. Não seja um gesto acanhado e feito à pressa, cujo significado ninguém sabe interpretar. Mas uma cruz verdadeira, lenta e ampla, da testa ao peito, dum ombro ao outro. Sentes como ela te envolve todo? Recolhe-te bem. Concentra neste sinal todos os teus pensamentos e todos os teus afetos, à medida que o vais traçando da testa ao peito e dum ombro ao outro. Senti-lo-ás então a penetrar-te todo, corpo e alma. A apoderar-se de ti, a consagra-te, a santificar-te. Porquê? É o sinal da totalidade, o sinal da Redenção. Nosso Senhor remiu todos os homens na cruz. Pela cruz santifica o homem todo até à última fibra do seu ser» (Sinais sagrados, SNL 2017, 13)”, concluiu.

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