Paulo Xavier sentiu-se “traído” e PS aproveita para questionar governação da autarquia

O presidente da Câmara de Bragança, Paulo Xavier, admitiu, na passada sexta-feira, em declarações ao Mensageiro, ter-se sentido “traído” pelo apoio expresso pelas vereadoras Fernanda Silva e Olga Pais à lista B [encabeçada por Alex Rodrigues] às eleições para a Concelhia de Bragança e conhecido na noite de quinta-feira.
“Não estava à espera. Certamente terá sido por não me ter comprometido nem com elas nem com ninguém para a próxima candidatura. Foi com muita surpresa que recebi essa notícia e sim, sinto-me traído”, disse Paulo Xavier ao Mensageiro.
O atual presidente da Câmara de Bragança foi mais longe e recorda o passado. “Nos 11 anos em que fui vice-presidente de Câmara, sempre fui leal com Hernâni Dias [o anterior presidente]”, frisou Paulo Xavier, recusando alongar-se em mais comentários.
Certo é que, no rescaldo do ato eleitoral que deu a vitória a Alex Rodrigues (ver página ao lado), Paulo Xavier recusou voltar a fazer comentários sobre o assunto.
Quem não se coibiu de comentar a situação, que chegou, inclusivamente, a ser abordada ao de leve na reunião de Câmara de segunda-feira, foi o Partido Socialista.
Em comunicado, a Concelhia, liderada por Artur Pires, questiona “a capacidade do executivo camarário continuar a governar eficazmente o concelho”.
“Deixam-nos absolutamente perplexos. E sendo assim, isso é assunto que nos diz respeito, a todos”, lê-se no comunicado dos socialistas.
A concelhia socialista explica que “estas declarações [de Paulo Xavier] levantam sérias dúvidas sobre a capacidade do executivo camarário continuar a governar eficazmente o nosso concelho dadas as acusações de traição que minam irremediavelmente a sã colaboração entre os elementos do executivo camarário e o foco no seu propósito maior de liderar os destinos do nosso concelho”.