A opinião de ...

Santo António de Lisboa (Um Santo Português)

Desde miúdo, que me interessei bastante pela vida deste Santo, ou eu não me chamasse António, É, sem dúvida uma das maiores figuras da nossa História. Mas quem foi realmente este homem? :Segundo Mário Gonçalves Viana: “Fernando de Bulhões foi, no dizer de um eminente escritor, «o primeiro português que se universalizou». Quando este homem excepcional e privilegiado nasceu em Lisboa, reinava D. Sancho I, e os moiros ainda ocupavam, ao sul, grande extensão do território que hoje faz parte integrante de Portugal. A nação não atingira as suas fronteiras definitivas; a Cruzada da Reconquista não terminara”. Ainda, neste sentido, disse, o Padre António Vieira, pregando na Igreja dos Portugueses em Roma: “E se António era luz do mundo, como não haveria de sair da pátria? Saiu como luz do mundo e saiu como português. Por isso nos deu Deus tão pouca terra para o nascimento, e tantas terras para sepultura. Para nascer, Portugal: para morrer, o mundo”. Mas quem era, na realidade António, de seu nome de batismo, Fernando de Bulhões? era filho de pais nobres, a maioria dos genealogistas o confirma, e tudo leva acreditar na sua origem aristocrática. Sua mãe chamava-se D. Teresa Maria Taveira e seu pai, Martim de Bulhões (que servia alto cargo na casa do Senhor Rei. D. Sancho I). Teria nascido, junto à venerável Sé de Lisboa, muito possivelmente no dia 14 de Agosto de 1195, ou segundo Frei Francisco de Santa Maria, no dia 15 do mesmo mês. Após o seu batismo, na Sé de Lisboa, foi batizado com o nome de Fernando. Após uma vida normal de um adolescente, desejou optar por uma vida solitária e uma vida interior, ingressando na ordem dos Cónegos Regrantes de S. Vicente de Fora, mas como nos descreve o citado autor: “Mas como ninguém é profeta na sua terra, o meio de Lisboa estava longe de lhe agradar. Desejoso de solidão e de vida interior, as constantes visitas de parentes e amigos, decerto perturbavam as suas meditações de incipiente místico”. Por isso mesmo, resolveu ir para o Mosteiro de Santa Cruz, de Coimbra que, naquele tempo era o maior foco de instrução e cultura do nosso país. Aí esteve cerca de nove anos a estudar e aprender toda a ciência apostólica. Em Coimbra, entre muitas outras coisas, aprendeu a gostar da pobreza, tendo muitas conversas com os frades franciscanos (dos Olivais), e começou a gostar da personalidade de S. Francisco de Assis. Por isso, resolveu ingressar no convento franciscano dos Olivais. Foi aí que mudou de nome, segundo garante Afonso Lopes Vieira: “Foi então que mudou de nome, escolhendo o de Anton (Antão),e de onde proveio – a forma latina Antonius, que em terras de Itália se ouviu soar primeiro, e donde entrou depois em Portugal para se tornar portuguesíssima”. A vida de António vai mudar radicalmente, de um opulento cónego regrante, que foi até aí, vai tornar-se num humilde frade mendicante. Começou aí, uma vida nova, que o vai pôr na História da Igreja. De uma maneira sucinta, vejamos como foi.
Então, o novel franciscano, partiu para Marrocos e já estava muito bem preparado para a sua nova vida de apostolado e das consequências desta nobre e dura missão.
(continua na próxima edição)
Desde miúdo, que me interessei bastante pela vida deste Santo, ou eu não me chamasse António, É, sem dúvida uma das maiores figuras da nossa História. Mas quem foi realmente este homem? :Segundo Mário Gonçalves Viana: “Fernando de Bulhões foi, no dizer de um eminente escritor, «o primeiro português que se universalizou». Quando este homem excepcional e privilegiado nasceu em Lisboa, reinava D. Sancho I, e os moiros ainda ocupavam, ao sul, grande extensão do território que hoje faz parte integrante de Portugal. A nação não atingira as suas fronteiras definitivas; a Cruzada da Reconquista não terminara”. Ainda, neste sentido, disse, o Padre António Vieira, pregando na Igreja dos Portugueses em Roma: “E se António era luz do mundo, como não haveria de sair da pátria? Saiu como luz do mundo e saiu como português. Por isso nos deu Deus tão pouca terra para o nascimento, e tantas terras para sepultura. Para nascer, Portugal: para morrer, o mundo”. Mas quem era, na realidade António, de seu nome de batismo, Fernando de Bulhões? era filho de pais nobres, a maioria dos genealogistas o confirma, e tudo leva acreditar na sua origem aristocrática. Sua mãe chamava-se D. Teresa Maria Taveira e seu pai, Martim de Bulhões (que servia alto cargo na casa do Senhor Rei. D. Sancho I). Teria nascido, junto à venerável Sé de Lisboa, muito possivelmente no dia 14 de Agosto de 1195, ou segundo Frei Francisco de Santa Maria, no dia 15 do mesmo mês. Após o seu batismo, na Sé de Lisboa, foi batizado com o nome de Fernando. Após uma vida normal de um adolescente, desejou optar por uma vida solitária e uma vida interior, ingressando na ordem dos Cónegos Regrantes de S. Vicente de Fora, mas como nos descreve o citado autor: “Mas como ninguém é profeta na sua terra, o meio de Lisboa estava longe de lhe agradar. Desejoso de solidão e de vida interior, as constantes visitas de parentes e amigos, decerto perturbavam as suas meditações de incipiente místico”. Por isso mesmo, resolveu ir para o Mosteiro de Santa Cruz, de Coimbra que, naquele tempo era o maior foco de instrução e cultura do nosso país. Aí esteve cerca de nove anos a estudar e aprender toda a ciência apostólica. Em Coimbra, entre muitas outras coisas, aprendeu a gostar da pobreza, tendo muitas conversas com os frades franciscanos (dos Olivais), e começou a gostar da personalidade de S. Francisco de Assis. Por isso, resolveu ingressar no convento franciscano dos Olivais. Foi aí que mudou de nome, segundo garante Afonso Lopes Vieira: “Foi então que mudou de nome, escolhendo o de Anton (Antão),e de onde proveio – a forma latina Antonius, que em terras de Itália se ouviu soar primeiro, e donde entrou depois em Portugal para se tornar portuguesíssima”. A vida de António vai mudar radicalmente, de um opulento cónego regrante, que foi até aí, vai tornar-se num humilde frade mendicante. Começou aí, uma vida nova, que o vai pôr na História da Igreja. De uma maneira sucinta, vejamos como foi.
Então, o novel franciscano, partiu para Marrocos e já estava muito bem preparado para a sua nova vida de apostolado e das consequências desta nobre e dura missão.
(continua na próxima edição

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