A opinião de ...

O governo e a oposição

No editorial de 24 de Março o Director deste jornal abordou ao de leve a composição do novo governo, acertando em cheio na alvo no que às saídas de ajudantes de ministros (secretários de Estado) de catadura nordestina. Parabéns pelo acerto.
Ficou Isabel Ferreira nessa grelha governativa, Jorge Gomes retirou as luvas de deputado, a política em Bragança ganha apuro de caldos no futuro, pois também na oposição (leia-se PSD) a sopa está grossa, a ferver lentamente, até regurgitar e saltar a tampa da panela.
O governo é como os melões diz o sósia de La Palice, os suculentos da Vilariça estão nos antípodas dos verdascos das hortas desprovidas de húmus do Landedo ou das Carvalhas, nós carecemos de um governo estilo melão da Vilariça. Aguardemos, embora esteja céptico, especialmente perante a nulidade já evidenciada pela Ministra da Agricultura, o facto da estrela do conjunto sendo laureada cientista não significar virtudes operacionais no ninho de oficiais do mesmo ofício e o antigo companheiro de Nito Alves ser, essencialmente, teórico do fazer/fazendo.
Entendo o comentário de António Rodrigues, só que o PS quer recuperar a Câmara de Bragança, daí Octávio Sobrinho Teixeira ir esquadrinhar o Distrito em geral e o concelho brigantino em particular até às próximas eleições autárquicas.
Nessa altura o PSD tem de encontrar substituto ao Xavier que é fraco trunfo como ficámos a saber nas recentes eleições legislativas. O deputado Adão Silva não quis ler a realidade local, Bragança, optou por jogar no escuro, pagou caro e vai pagar juros de mora daqui a quase cinco a anos, pois acredito que irá receber dos militantes laranjas a palavra finito. Reforma-se em cores douradas após insano labor na qualidade de Vice-Presidente do Parlamento a acompanhar a também transmontana Edite Estrela.
Vai passar a dispõe de aumento de tempo para incrementar a modalidade de alpinista!
O exercício da avaliação e discussão dos problemas que mais apoquentam o Nordeste ganham acuidade dada a maioria absoluta do PS e, consequentemente a pesada derrota do PSD até à data líder neste território.
Ao observador forçosamente desenraizado resta-lhe continuar a estudar a causa das coisas na esfera política, a lobrigar os egoísmos, a descortinar as velhas e nefastas rivalidades, sem esquecer o rifão não há mal que dure sempre, e bem que nunca acabe.
Os próximos anos serão maus para todos (excepto para os videirinhos), esperemos que os decisores no Nordeste saibam retirar proveito do conceito hegeliano de astúcia na razão. Se dá trabalho ler Hegel? Dá!

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3878

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