A opinião de ...

Quo Vadis PSD? (2)

Quem tivesse acompanhado o congresso do PSD que elegeu o Dr. Rui Rio ficava a saber que a sua liderança não ía ser fácil.
De um lado os comentadores de serviço alinhados com os interesses inconfessáveis da capital e da «linha de Cascais».
Do outro lado os derrotados capitaneados pela D. Paula Peixeira e pelo sr. Miguel Relvas que atacaram Rui Rio sem lógica e sem sentido.
A D. Paula Teixeira chegou ao ridículo de chamar traidor ao novo líder por causa da escolha da ex-Bastonária dos Advogados. Esqueceu-se ou omitiu «dolosamente» a critica ou o insulto aos muitos autarcas que, ao lado da ex-Bastonária, se opuseram, fortemente, ao encerramento de muitos tribunais (excepto nas regiões de Lisboa e Porto) no interior do país.
Afinal quem traíu os valores do PSD? Foi a ex-ministra D. Paula Teixeira que por causa de tostões prejudicou milhões (milhares) de cidadãos ou foram os muitos autarcas do PSD e a ex-Bastonária que se opunham ao encerramento desses tribunais por prejudicarem os cidadãos do interior?
Depois o sr. Miguel (de Relves) atirou-se ao Sr. Rui Rio profetizando que, ou aceita à primeira, ou tem de se ir embora. É preciso ter lata? Um individuo que escacou a divisão administrativa com mais de 100 anos que continuava a servir o país e os cidadãos. Não foi capaz de melhorar ou modernizar a divisão administrativa  existente para melhor servir os cidadãos. Não. Extinguiu os governos civis que custavam ao povo a enorme fortuna de «menos de 50 milhões por ano». Mas apoiou e defendeu milhões e milhões para a Caixa, para o BES, para o Banif e quejandos... Quis ficar na história e não foi capaz de aproveitar a regionalização já existente  e fazer alguma coisa de jeito. Ele sabia e sabe que o povo já regionalizou o país há varias dezenas de anos. Há algarvios, há alentejanos, há beirões, há minhotos, há transmontanos, há madeirenses e há açorianos. Mas para o sr. Miguel (de Relvas) isto não dava projecção histórica. E inventou as CIM.
E o resultado está à vista. É o «faz de conta» do sr. Relvas igual à sua licenciatura para doutor.
Dizia a minha avó «a mãe Antónia» que «quando um homem perde a vergonha já não tem mais nada para perder». E garanto-vos que ela não sabia da existência de tal iluminado.
Um pouco mais de humildade; um pouco mais de vergonha  e um pouco mais de ética política deveriam ter levado o sr. Miguel (de Relvas) a fazer uma «hibernação» definitiva para deixarmos de ver este  cromo aparecer de vez em quando e mandar palpites.

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