A opinião de ...

Guerra na Ucrânia: negociar sim, mas com os pés bem atrás!

Depois de, com a sinceridade e a honestidade que o caraterizam, o presidente da Ucrânia ter apelado, vezes sem conta, para a necessidade urgente de encontrar uma solução digna para por fim à invasão selvagem lançada pela Rússia sobre o território do seu país, que está a ser destruído por uma guerra que não merece nem provocou, acaba de revelar que estão em curso negociações para tentar retirar os feridos que, retidos nos escombros da metalúrgica arrasada pelos russos, agonizam em condições desumanas inimagináveis a necessitar de cuidados médicos urgentes, deixando subentender que será um processo delicado, demorado, difícil e de resultados muito problemáticos.
Este, na verdade, poderia ser o caminho mais seguro para uma saída honrosa e abrir caminho para uma paz duradoura entre os dois países vizinhos que têm tanto em comum, e sem nada que possa justificar esta invasão sem sentido.
Nesta fase da guerra, convém ter presente que, por trás de toda esta tragédia, estão os interesses duma poderosa oligarquia russa, cujo expoente máximo e face mais visível dá pelo nome de V. Putin que, se não for rapidamente travada, pode transformar-se num desastre de dimensões apocalíticas, capaz de por em risco a sobrevivência da humanidade e, no jogo de interesses obscuros deste contexto, com esta gente, só através de negociações, nunca será tarefa fácil conseguir uma solução equilibrada, para esta invasão selvagem da Ucrânia levada a cabo pela força bruta dos exércitos da Federação Russa, numa decisão unilateral e à revelia de todo o direito internacional.
De resto, depois dos efeitos devastadores desta já longa campanha de destruição sem fim à vista, já não resta qualquer dúvida, ( excluindo todos aqueles que, teimosamente, continuam a fechar os olhos para não verem o que é evidente), as motivações que estiveram na sua origem, o perfil desumano dos seus mentores, os verdadeiros objetivos que pretendem alcançar e, muito especialmente, o que poderá esperar-se deste bando de abutres e da camarilha que os cerca, todos eles gente sem dignidade, sem vergonha e sem respeito pela pessoa humana, gente que empurra para uma guerra injusta os seus próprios filho, inexperientes e mal preparados, e depois, ao mínimo revês, os deixa trás aos milhares mortos ou para morrerem entregues a si próprios, misturados com as montanhas de sucata que testemunham a sua derrota, tendo apenas como companhia as aves de rapina e os cães vadios e como última morada uma vala comum num campo qualquer à beira duma estrada.
Face aos últimos desenvolvimentos, bem que eu queria estar enganado mas, porque com gente deste calibre, é de esperar sempre o pior, negociar sim, mas com os pés bem atrás, porque… o seguro morreu de velho.

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