A opinião de ...

A TAP em voo picado para o abismo. Onde, como e quando é que isto irá parar?

Perclaríssimas figuras e figurões da cena política nacional, os grandes responsáveis pela atual crise da TAP, que pôs a nu a bandalheira total que caracterizou a gestão da empresa nos últimos anos, os que se desculpam alegando uns que não têm nada a ver com isto, os que dizem, imagine-se, que, se soubessem, (como se não tivessem de saber), fariam isto e aquilo mas que, como os ventos não correram de feição, lavaram as mãos como Pilatos e desapareceram de cena e, muito especialmente, os que na sombra arregimentaram o número incontável de ineptos para desempenharem funções governativas, tantos deles escolhidos a dedo das fileiras dos melhores coladores de cartazes, dos grandes especialistas na arte de bater palmas ou berrar bem alto nos congressos, comícios, desfiles e arruadas, gente, na sua maioria, saída dos cursos rápidos de formação intensiva das escolas das Jotas partidárias, por favor, tenham a coragem de assumir as vossas responsabilidades pelo descalabro da TAP e porque ela merece e o país agradece, acabem de vez com a sua penosa agonia.
Porque não resta alternativa e o tempo urge, se quiserem encenar que é difícil, façam-no, mas com a certeza de que acabou o tempo de andar a brincar com coisas sérias, para evitar males maiores, a única saída possível é dar à TAP o golpe de misericórdia.
Embora esta solução possa ter custos pesados, pelo menos acaba-se de vez com este sorvedouro insaciável de milhões saídos do orçamento do estado para pagar os erros e os desmandos de gestões sem rei nem roque que, asneira atrás de asneira, acabaram por empurrar a companhia para este beco sem saída, sendo necessário para a libertar deste sufoco continuar a investir nela os muitos milhões que o país não poe nem tem.
Em contra partida, acaba, (esperemos que de vez) a necessidade de, por dá cá aquela palha, continuar a sugar a carteira dos contribuintes para, com as crónicas injeções de milhões e mais milhões de euros a fundo perdido, tentar aguentar a empresa ligada às máquinas, à custa do sacrifício inútil de todos os portugueses, tanto dos que nunca andaram, como dos que nunca andarão de avião, apenas para satisfazer o ego e as vaidades das novas elites de gente fina que, como os cogumelos que, no outono, se desenvolvem aos montes na manta morta das folhas caídas, se instalou, pavoneia e prospera nos corredores alcatifados do poder.
Agora que já é possível ter uma ideia dos custos astronómicos que acarretou para o país a teimosia criminosa e a ignorância supina de teimar em manter a famosa companhia de bandeira, o mínimo que o país exige é que não se fique tudo em águas de bacalhau. A ver vamos.

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