A opinião de ...

A vivência deste País no momento em que predomina entre outros, o problema da guerra da Ucrânia

Andamos nós pela nossa vida normalmente a ignorar as crises que nos rodeiam.
Crise climática? Crise Social? o que é isso?
Atravessamo-las há bastante tempo, com tantas avisos, tantas consequências visíveis e ainda mais consequências negativas por vir. Acabamos por ignorá-las porque em geral, somos privilegiados.
Não vemos a pobreza logo ao lado da nossa porta.
Não estamos propriamente a viver numa estufa, mas quando falamos de covid, guerra ou de sismos, sim já percebemos que existem consequências.
O mundo parou quando veio a pandemia, por algo que nós não conseguimos ver, mas vemos as nossas pessoas queridas a desaparecerem.
Mais de vinte mil pessoas perderam a vida só em Portugal, mais de seis milhões em todo o Mundo.
Alterou-se o quotidiano radicalmente para fazer frente a essa ameaça. Fomos capazes de mudar a forma como trabalhamos, fomos capazes de um olhar empático.
Mesmo assim, ainda há pessoas que não se comovem com gestos simbólicos, como aquele senhor, a descer sozinho a avenida da liberdade no dia 25 de Abril de 2020.
Mais ainda falando, julgando que a pandemia iria dar tréguas, aparece numa mobilização bélica às portas da Europa.
Parece o Universo a não querer dar-nos descanso.
Mas a verdade é que não está na Ucrânia, a única guerra deste Mundo.
A Rússia é um nome somente e a Ucrânia é logo ali.
Enfim na pratica, em que é que esta guerra nos afetou diretamente enquanto indivíduos?
Agora o que sentimos são os preços a subirem, no entretanto a onda de solidariedade gerada com os ucranianos continua esmagadora.
E ainda bem
E evidente que há outros Países com dificuldades como a Índia, Paquistão, etc…
Por outro lado, imaginemos que as partículas do ar fossem muito maiores, que as conseguíssemos ver.
Com a cor do dióxido de carbono a aumentar, vemos partículas a sufocar pessoas.
Aí, sim, talvez as alterações climáticas seriam algo critico para nós.
Se a nossa casa fosse arrastada pelas águas como tem acontecido em muitos Países.
Na verdade, os efeitos já existem, ainda não chegaram a nós a toda a força.
Assim, são estes episódios de entre ajuda e mudança que, mostram que é possível nos unirmos e fazermos frente aos nossos obstáculos colectivos.
Finalmente, queremos que os Ucranianos tenham dignidade, precisamos de nos unir e exigir a resolução de problemáticas que requerem acções consideráveis. Temos que ter atenção ao problema sismológico da ilha de S. Jorge, nos Açores.
Temos de nos mobilizar contra as alterações climáticas.
Contra a exclusão, juntos.
Enfim devemos cultivar a amizade que o coração nos dita.

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