Mogadouro

Ambulância SIV esteve inoperacional durante 12 horas por falta de técnicos de emergência pré-hospitalar

Publicado por Francisco Pinto em Qua, 2022-10-26 12:35

A ambulância de Suporte Imediato de Vida (SIV) de Mogadouro esteve inoperacional desde as 20:00 de terça-feira até às 08:00 quarta-feira por falta de técnicos, indicou o presi-dente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar.

“O que está em causa é a escassez de técnico de emergência hospitalar. Encerrar a ambulância SIV de Mogadouro, significa que são cinco concelhos com dezenas de milhares de pessoas que ficam sem acesso a cuidados de emergência diferenciados, piorando o facto deste concelho estar, muitos deles, a mais de uma hora de distância dos hospitais de refe-rência, disse Rui Lázaro.

A ambulância SIV, na Urgência Básica do Centro de Saúde de Mogadouro, cobre os concelhos de Mogadouro, Miranda do Douro, Vimioso, Freixo de Espada à Cinta e Alfândega da Fé.
“A SIV de Mogadouro está em funcionamento desde 2012 e esta foi a primeira vez em dez anos que foi encerrada, entre as 20:00 de terça-feira e as 08:00 de quarta-feira”, salientou o dirigente sindical.

De acordo com Rui Lázaro, a SIV de Mogadouro pode voltar a encerrar no próximo fim de semana porque ainda não há escalas de serviço para sábado e domingo.

“A ambulância pode voltar a parar porque as escalas para sábado e domingo ainda não estão preenchidas. Para já a previsão é de que sábado e domingo este serviço de emergência médica volte a encerrar, uma vez que os técnicos afetos à SIV de Mogadouro já ultrapassaram o limite de trabalho extraordinário e já não podem realizar mais turnos”, frisou.

De acordo com o sindicalista, com o encerramento destas ambulâncias a população fica entregue à sua sorte.

“Além de Mogadouro há muitas vilas e cidades pequenas também na mesma situação”, em risco de encerramento das ambulâncias SIV”, vincou Rui Lázaro.

O presidente do STEPH explicou que até ao momento as escalas têm sido colmatadas até ao limite do trabalho extraordinário e que há inclusive técnicos que já ultrapassaram esse limite e que se “arriscam a trabalhar e depois a não receber as horas efetivamente realizadas”.

Assinaturas MDB