Câmara com 43 milhões de orçamento recusa transferência de competências do Estado
O município de Bragança parte para o ano 2022 com um orçamento de pouco mais de 43 milhões de euros “ligeiramente” inferior ao do ano passado.
“Não conseguimos ter uma verba tão significativa de fundos comunitários. Estamos a falar de cerca de três milhões de euros de diferença”, explicou o presidente da Câmara, Hernâni Dias, à margem da última assembleia municipal, no dia 22 de dezembro, onde o documento foi aprovado.
Trata-se de um orçamento “devidamente equilibrado”, salientou o autarca porque “responde às propostas que foram anunciadas e dentro dos nossos compromissos assumidos para lutar pelo concelho, pelo desenvolvimento e pela criação de novos postos de trabalho, pela promoção do turismo, pela parte ambiental, tudo o que tem a ver com a componente cultural, desportiva”, enumerou ao autarca assegurando que “em todas as áreas que o município tem competências estão dotadas sob o ponto de vista financeiro” .
A aplicação das verbas da taxa do IMI “que tem o valor mais baixo possível, 0.3%, assocada a uma componente de outros benefícios mediante a composição do agregado familiar”, o que significa que “o município está atento à realidade atual e por essa via abdica de receber mais de dois milhões de euros”.
O autarca destacou ainda que ao nível do tecido empresarial o trabalho está a ser feito, através da não aplicação da derrama às empresas “ que vai permitindo que se tornem cada vez mais competitivas num mundo cada vez mais difícil, mais globalizado e onde os municípios devem ter uma intervenção direta”.
Em termos de obras do PARU vão ser concluídas até 2023, cuja maioria está feita, mas está em execução o Museu da Língua Portuguesa, a segunda fase do Parque da Trajinha, a estratégia local de habitação, com um volume de financiamento de 13 milhões de euros, para a intervenção nas casas.
