Câmara pede ao Ministério Público para investigar contratação de engenheira que estava em prisão preventiva

A Presidente da Câmara Municipal de Mirandela, Júlia Rodrigues, assinou na passada quarta-feira, um despacho que determina o envio de um requerimento a solicitar ao Ministério Público (MP) a averiguação dos factos que serviram de base a uma reportagem de um canal de televisão, “ofensiva e injuriosa para o Município de Mirandela”, adianta em comunicado o executivo liderado pela autarca socialista.
Ainda segundo a comunicado, a peça jornalística “coloca em causa a transparência e o rigor da celebração de um contrato de emprego público com uma trabalhadora com funções de técnica superior nesta entidade”.
Trata-se de uma engenheira ambiental que esteve em prisão preventiva e posteriormente veio a ser condenada, mas com a execução da pena suspensa, no âmbito de um processo de tráfico de droga que ficou conhecido como “semente em pó”.
Com esta decisão de pedir ao MP que averigue o caso em concreto, o Executivo Municipal “procura reestabelecer a verdade e tomar conhecimento, em bom rigor, da condução deste processo, sempre devidamente acompanhada de decisões baseadas em pareceres jurídicos”.
Esta medida, acontece alguns dias depois de a autarquia ter aberto um inquérito interno por um auditor externo sobre este caso.