Milénios depois, e se estivessem de volta as pragas de Egito
Porquê Senhor, milénios depois das pragas sobre o Egito, se abateu a agora a mão pesada da tua ira, sobre o povo  deste pequeno cantinho da Europa  chamado Portugal que, em tantas terras descobertas  e por tantos mares nunca dantes navegados, deu novos mundos ao mundo e, como nenhum outro, levou tão longe a mensagem libertadora do teu Evangelho?
Se é verdade que, segundo o livro do Êxodo, para conseguir a  libertação do exilio do povo de Israel,  tantas vezes negada quantas prometida pela falta de palavra do Faraó,  Deus  castigou, sem dó nem piedade, todo o  povo do  Egito, com a dureza das pragas,   que só pouparam  a vida e os haveres de todos os  israelitas, não podemos negar que também por cá, prolifera e se orienta uma chusma difícil de calcular de pequenos e grandes faraós, mas bem maior do que se seria de esperar num regime democrático que já leva  mais de cinquenta  anos de vida que, para atingirem os seus fins, não têm qualquer rebuço de prometerem dar a todos o que não podem, não querem e nem sequer  deviam prometer.
Mas, porque nestes processos, para alcançarem os seus intentos, muito boa gente julga que vale tudo, essas são contas doutro rosário, a merecerem um tratamento adequado, especialmente no que diz respeito ao vicio de prometerem tudo a todos, cuja grande maioria, depois  de eleitos, com a facilidade com que se bebe um copo de água, se esquece de tudo o que prometeram e dos compromissos que publicamente assumiram perante as pessoas que neles votaram. Mas vamos às pragas do Egito.
1 -As águas rio Nilo transformaram-se em Sangue, matando os peixes e ficando improprias para consumo
2 -Uma infestação de rãs  saídas do rio e infestaram toda a terra.
3 -Uma infestação de piolhos atacou todos os egípcios, homens e animais.
4 – Uma praga de moscas invadiu o Egito, escureceu os ares e  infestou casas e pessoas.
5 - A peste atingiu e matou os animais e os rebanhos.
6 -  Feridas e pústulas cobriram os corpos dos homens e dos animais
7 – Chuva de pedras de  granizo, raios e fogo atingiu o Egito, destruiu colheitas, matou pessoas e animais  e consumiu todas as colheitas.
8 - Nuvem de gafanhotos devorou o que sobrou das plantações, consumindo todas as colheitas.
9 – Uma escuridão total submergiu todo o Egito durante três dias, enquanto os israelitas mantinham luz nas suas casas.
10 -Morreram todos os primogénitos dos homens e  dos animais, o  que, finalmente, obrigou o Faraó a permitir a saída do cativeiro dos Israelitas.
Transportando o sentido e a letra deste texto bíblico para o processo das próximas eleições autárquicas a realizar em outubro, se quisessem ser honestos consigo próprios, muitos dos candidatos teriam sérias dúvidas de levarem até ao fim a sua candidatur
    
