Feira do Folar e do Azeite de Izeda regressou com muita procura

A Feira do Folar e do Azeite de Izeda regressou no passado fim de semana com a 21.ª edição após a interrupção ditada pela pandemia de covid-19 com muita procura por parte dos visitantes, que marcaram presença no certame ao longo dos dois dias.

“Tem estado a correr muito bem”, dizia ao Mensageiro Glória Fernandes, da Padaria Transmontana, uma das três expositoras daquela vila a marcar presença.

“O folar está mais caro devido ao aumento das farinhas e de todos os ingredientes. Fomos obrigados a aumentar um pouco, para os 15 euros o quilo”, explicou. Ainda assim, considera que “esta feira é muito importante, não só para os izedenses. Há uma adesão muito grande e faz conhecer aquilo que se produz em Izeda”, disse.

Rui Simão, simultaneamente presidente da Associação para o Desenvolvimento da Região de Izeda (ADRI), que organizou o evento, e presidente da União das Freguesias de Izeda, Paradinha Nova e Calvelhe, realçou a presença de expositores locais em grande número.

“Este ano, certame numa dimensão mais reduzida devido à situação económica que atravessamos. Dos 25 expositores no pavilhão são do concelho de Bragança. Apenas cinco são de fora do concelho.

Dentro do pavilhão são seis expositores de folar, três são da freguesia e três de Macedo”, indicou.

Rui Simão considera que o evento “é importante para o folar de Izeda, que criou nome e para dinamizar o fabrico do folar”.

Em cima da mesa está, ainda, a possibilidade de o folar de Izeda vir a ser certificado.

“Esse processo parou com a pandemia mas ainda não desistimos. Não é fácil porque a grande maioria dos produtores são sazonais. Era importante certificar o folar de Izeda mas temos consciência que é difícil. Mas não impossível. Precisamos do apoio da Câmara”, disse.

Já o presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias, garantiu que esse apoio não faltará. “Nunca nos opusemos e sempre manifestámos para poder trabalhar uma marca de Izeda ou do concelho. É verdade que já existe noutros pontos do país e com uma expressão enorme. Mas sendo um produto que pode ser consumido durante todo o ano não deixaria de ser interessante ter mais uma forma de projetar o produto a nível nacional. Estamos sempre disponíveis para ajudar”, frisou.

O autarca considera que “estas iniciativas são importantes por chamarem mais pessoas ao negócio e dinamizarem os locais onde decorrem e por promoverem os produtos locais”.