Moncorvo sobe ao terceiro lugar nas asas de Falcão e reserva presença na Taça de Portugal (com galeria)
O Grupo Desportivo de Moncorvo venceu, este domingo, na visita aos Estudantes Africanos, por 0-2, na derradeira jornada do Campeonato Distrital AF Bragança, fechando a época no terceiro lugar, com 44 pontos, e validando a presença na próxima edição da Taça de Portugal, beneficiando do empate do Argozelo em Mirandela.
O conjunto moncorvense resolveu o encontro no primeiro tempo, com um bis de Falcão, a justificar o triunfo através da maior eficácia ofensiva no período inicial do encontro. O avançado brasileiro inaugurou o marcador, aos 4’, a dar o melhor seguimento ao cruzamento rasteiro de Jonathan. Já o segundo golo da partida surge, aos 10’, com Falcão, de cabeça, a aproveitar um mau alívio do guarda-redes Marcelo.
Até ao final do encontro, o Moncorvo soube gerir as incidências do encontro, garantindo três preciosos pontos que valeram a subida ao pódio da tabela classificativa e a desejada presença na edição 2023/2024 da prova rainha do futebol nacional.
No final do decisivo encontro, Nuno Lima, técnico do Moncorvo, avaliou a época do emblema da capital do ferro. “Concluímos o campeonato em terceiro lugar, indo de encontro aos nossos objetivos de fechar a prova nos cinco primeiros, o que acaba por ser positivo”.
“Não é objetivo do Moncorvo a subida de divisão, pois acreditamos que ainda não estamos preparados para dar esse passo,” acrescentou o técnico.
A continuidade de Nuno Lima ao leme da nau moncorvense parece encaminhada. “Há fortes possibilidades de esse cenário acontecer, mas no futebol nada é certo. Teremos de analisar a época e conversar sobre a minha continuidade. O Moncorvo é uma referência do distrito, é um clube muito organizado e que não falha com os seus jogadores, tornando-se um forte apoio ao treinador.
Quanto ao jogo, Nuno Lima recusou a ideia de qualquer ansiedade gerada em torno da partida. “Foi o nervosismo ‘normal’ de um jogo de época, contra uma equipa forte e disponível fisicamente, num campo difícil de jogar, mas sem sentirmos nenhuma pressão adicional”.
Do lado dos Estudantes Africanos, José Alves lembrou o impacto das festividades académicas numa equipa composta por estudantes do Instituto Politécnico de Bragança. “Assistimos a um jogo típico de final de época, em que os jogadores evidenciaram sinais de saturação, sendo complicado para a minha equipa tendo em conta estar a decorrer a Semana Académica”.
Os Estudantes Africanos concluíram a época no nono lugar, com 20 pontos, e em retrospetiva, José Alves considerou que a temporada foi positiva. “A equipa dos Africanos tem características muito especiais. Acabámos a temporada com a sensação de muitas conquistas e onde conseguimos colocar uma equipa com pouca ou nenhuma experiência a jogar bom futebol. Foi uma época muito enriquecedora, com muita aprendizagem e desenvolvimento, em que trabalhei com um grupo muito unido e dedicado a esta causa que é a equipa dos Estudantes Africanos”.
Quanto ao futuro, José Alves afirma que é prematuro confirmar a sua continuidade. “É muito cedo para avançar com a minha continuidade. Agora é necessário descansar e, então, conversar para perceber o que ambas as partes pretendem,” finalizou.
Fotos: Guilherme Moutinho
