A opinião de ...

Nasceu uma Nova Era e não tem nome

Idade contemporânea está demasiado longe da realidade do século XXI e a necessidade de renomear o Hoje é fundamental. Termina claramente com o fim da URSS e com os grandes avanços tecnológicos do século XXI.
Por necessidade, os historiadores ao longo do tempo habituaram-nos às grandes convenções temporais para dividir, trabalhar e estudar a História. Cerca de 4 000 anos a.C encontramos o mote que dará início a toda uma panóplia de divisões do tempo histórico, a invenção da escrita pelos sumérios que, faz o corte tecnológico necessário para separar a Pré-História da História.
Debrucemo-nos um pouco sobre o processo de evolução da história e suas divisões, sabemos à partida que, a história é feita de processos, nada acontece de um dia para o outro. Assim sendo, comecemos pelas grandes convenções que se estabeleceram. Depois das primeiras civilizações, apontamos o início da antiguidade clássica, como a primeira grande divisão do tempo, marcada claramente pela civilização greco-latina.
Seguidamente, com a queda do Império Romano do Ocidente (476) marcamos o início de um novo período do tempo histórico conhecido como a Idade Média, que se marca claramente pela ausência de um poder central unificador tal como o era o Império Romano, pela formação das novas monarquias, pelo feudalismo, pela cultura medieval, pela afirmação da igreja católica e, arrisco-me até a dizer, que existe um pequeno retrocesso tecnológico, algo que alguns historiadores medievalistas tentam refutar.
Relativamente à terceira grande divisão do tempo histórico, a Idade Moderna, surge quando, em 1453 Constantinopla cai as mãos dos turcos. Esta nova época fica claramente marcada pelos Descobrimentos, pelo Renascimento, pela Reforma Protestante e Contrarreforma, pelo Absolutismo e Iluminismo. Claramente um corte tecnológico e intelectual face ao anterior período.
Por fim a Idade Contemporânea que, mantem-se de pé desde a Revolução Francesa até aos dias de hoje. Recordemos alguns acontecimentos pós-Revolução Francesa para perceber a necessidade de uma nova divisão da História. Poderemos começar por apontar alguns acontecimentos como a Ação Napoleónica, Guerra civil Americana, a Presidência de Lincoln, Lei Áurea, a 1ª e 2ª guerra Mundial, a Guerra Fria, a Queda do Muro de Berlim e por fim a dissolução da URSS. Chegamos assim a um ponto chave, um corte político e tecnológico notável e, favorável ao fim da Época Contemporânea.
A pergunta que deve surgir agora é, qual a necessidade de uma nova era? A resposta é claramente de um leigo. Porque o Homem tem necessidade de organizar e contabilizar o tempo desde a sua existência. Terminando, perguntamos, o que há de novo nesta era sem nome? As mentalidades, o Homem mudou. A política, que no mundo ocidental entrou num novo período de decadência. O reaparecimento de novos conflitos militares e, por fim, um avanço tecnológico que tem claras bases na época contemporânea mas, que se afasta claramente desta depois dos avanços tecnológicos alucinantes que vivemos nos nossos dias. Olhe agora à sua volta e questione-se, ainda vivo na época contemporânea?

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