A opinião de ...

Dom da Esperança

Num tempo marcado de incertezas, assente na ditadura do relativismo e de indiferença, são ainda muitos os que optam por seguir a Cristo com determinação, abrindo ao mundo em que vivemos caminhos e janelas de esperança, mostrando que a Igreja deve ser cada vez mais sinal e sacramento de vida e de libertação. Urge que sejamos, todos (!), agentes da Esperança.
Sobre este assunto, quero partilhar convosco um trecho que uma sábia senhora fez aquando da minha tomada de posse, particularmente numa comunidade pequena, mas cheia de vida. O curioso é que, na sapiência do coração, esta senhora como que antecipa o tema do Plano Pastoral. Diz ela: «Precisamos de alguém que nos traga uma mensagem de esperança: esperança para as famílias que vivem em dificuldades; esperança para os jovens desorientados e sem ideias; esperança para os idosos muitas vezes abatidos pelo peso dos anos e do abandono; esperança para uma Igreja que precisa dialogar com o novo tempo, com uma nova era». Fantástico!
A esperança cristã é como que um horizonte que diante de mim se levanta, dando-me a certeza de que, aconteça o que acontecer ou haja o que houver, não estou só nesta minha caminhada existencial. Somos peregrinos! O peregrino é aquele que se depõe a caminhar até uma meta: a sua viagem é uma demanda até ao coração; é despejar-se de tudo o que é acessório e não essencial; é saber relativizar as contrariedades e centrar-se totalmente no amor a Deus; é dispor-se a fazer este encontro fundante com Deus e ser testemunha alegre desta certeza amorosa de Deus por todos e cada um de nós.

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