Adão Silva propõe discriminação positiva no financiamento das escolas do Interior

O caso foi espoletado no Agrupamento de Escolas Emídio Garcia, o maior do distrito de Bragança. Pelo facto de o orçamento das escolas ainda não estar aprovado e de ser, em janeiro, à base de duodécimos semelhantes aos de 2013, o Agrupamento corria o risco de não ter dinheiro para pagar a fatura energética relativa ao aquecimento.
O alerta foi deixado pelo próprio presidente do agrupamento, Eduardo Santos, que viu o seu pedido rapidamente encaminhado para os serviços centrais do Ministério da Educação pelo deputado do PSD, Adão Silva (também professor naquela escola), acabando por ser contactado pelo Gabinete de Gestão Financeira dando ordem parapedir um adiantamento em caso de necessidade. “O valor que nos iriam transferir era igual ao do ano passado mas entretanto a fatura da energia subiu 3,5 por cento em 2014”, explicou Eduardo Santos ao Mensageiro, admitindo que ainda não sabe se necessita de recorrer ao adiantamento prometido pois ainda não recebeu “todas as faturas”. Até 2012, as escolas estavam autorizadas a fazerem pedidos de adiantamento mas, devido às restrições financeiras, isso deixou de ser possível desde 2013. “No ano passado conseguimos negociar com alguns fornecedores o pagamento de faturas e, por isso, é que conseguimos fazer face à situação”, sublinha o presidente do agrupamento.
Esta situação leva mesmo o deputado laranja a deixar um apelo de alteração às regras de financiamento das escolas. “Creio que devia haver uma lógica mais modelada no valor da despesa variável. Os orçamentos das escolas do interior norte e centro deveriam ser reforçados face às escolas do litoral e sul do país pois as necessidades energéticas são completamente diferentes. Apelo ao Ministério da Educação para que, ao construir os orçamentos variáveis das escolas faça uma discriminação positiva para as escolas destas regiões”, frisou o parlamentar, em declarações ao Mensageiro.

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