Bispo de Bragança-Miranda faz balanço “muito positivo” de encontro com o Papa Francisco
O bispo de Bragança-Miranda, D. Nuno Almeida, faz um balanço “muito positivo” do encontro com o Papa Francisco, no âmbito da visita Ad Limina, que decorreu na semana passada.
“Foi o que nos propúnhamos, fazer uma comunhão afetiva e efetiva com o Santo Padre. Também uma experiência de discernimento pastoral, visitando cada dicastério. No fundo, procura estar ao serviço dos vários aspetos da vida pastoral da Igreja. Também tendo consciência que muita coisa dependia da comunhão, da vivência de amizade e de oração entre os bispos participantes.
Tudo isto, de facto, aconteceu. Tivemos uma semana muito intensa em que celebrámos nas principais basílicas (um momento sempre muito emotivo). Depois, em cada dicastério foram olhadas as diversas situações da vida das pessoas, das famílias e, ao mesmo tempo, procurar caminhos pastorais de anúncios do Evangelho nas circunstâncias em que vivemos hoje. Passámos a conhecer o rosto de quem trabalha na Santa Sé, referiu D. Nuno Almeida, em declarações ao Mensageiro.
O prelado transmontano frisou que “esta visita Ad Limina ajuda a fortalecer os laços familiares entre as dioceses, entre as Conferências Episcopais e a Santa Sé como pólo de comunhão, que culminou com um encontro com o Santo Padre, na manhã de sexta-feira, de mais de duas horas, em que o Papa foi crescendo na alegria, e nós também”.
“Não houve discursos mas perguntas e diálogo. O Papa abriu o coração, partilhou muitas das suas experiências e deixou-nos pistas muito concretas para o trabalho pastoral com os jovens, com as famílias e, também, com as vocações, com os seminários. Não foram esquecidos os aspetos que temos de enfrentar hoje, mesmo em relação aos abusos. Portanto, a visita Ad Limina foi muito densa, rica e desafiante”, concluiu D. Nuno Almeida.
A visita ‘Ad Limina’ levou até ao Vaticano, entre 20 e 24 de maio, 28 bispos portugueses, entre eles D. António Montes Moreira, que aos 89 anos de idade era o mais velho do grupo, e D. Roberto Mariz, de 50 anos, o mais jovem membro do episcopado.
O bispo emérito de Bragança-Miranda assinala que a primeira vez que integrou uma visita ‘Ad Limina’ foi em 2007, altura em que teve “uma entrevista pessoal de cerca de 15 minutos” com o Papa Bento XVI.
“Foi uma entrevista agradável, falamos em francês, porque ele sabia que eu tinha estudado em Lovaina (Bélgica), por isso a conversa foi em francês”, explica D. António Montes, que em 2015 voltou a viajar até ao Vaticano, desta vez com Francisco como Papa.
“Nessa altura foi uma entrevista coletiva a todos os bispos, de modo que tenho boas recordações, e esta é a despedida”, destaca.
