Nordeste Transmontano

CIM Terras de Trás-os-Montes reivindica inclusão de investimentos nas estradas do seu território no Plano de Recuperação e Resiliência

Publicado por Glória Lopes em Qui, 2021-02-25 10:49

O Conselho Intermunicipal da CIM das Terras de Trás-os-Montes reivindica a inclusão dos investimentos prioritários para este território no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que consideram ser estratégia que assume a resiliência económica, social e territorial do país como a principal prioridade, mas que se apresenta “como um atentado à capacidade de resiliência deste território do interior do país”.
Numa reunião extraordinária realizada ontem, os autarcas da CIM elaboraram uma nota onde indicam que o PRR nada “mais é do que um paliativo para esta região, condenando-a a uma morte lenta e dolorosa”, explicam numa nota de imprensa.
Os autarcas da CIM contestam a falta de investimentos na ferrovia e na rede rodoviária deste território constituído pelos municípios de Alfândega da Fé, Bragança, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Vila Flor, Vimioso e Vinhais.
Na ferrovia o mapa de investimentos deixa de fora os distritos de Bragança e Vila Real, que “são os únicos sem investimentos”, refere a CIM, salientando que se trata de “uma zona completamente em branco, que revela que, apesar das mais valias da sua proximidade a Espanha e consequentemente à Europa, é totalmente esquecida pelo Governo”.
Quanto aos investimentos reivindicados pela CIM para o melhoramento da rede de estradas do distrito apenas dois são contemplados no PRR, nomeadamente a Ligação Vinhais-Bragança e de Bragança à Puebla de Sanábria. Citam os casos mais flagrantes de ausência no PRR a estrada Vimioso- Bragança, prometida e com projeto praticamente concluído. “Este é um investimento que desde sempre foi assumido como prioritário, porque permitirá a ligação rápida de 2/3 deste concelho a Espanha”, acrescenta a fonte do Conselho Intermunicipal da CIM.
De fora fica também a Ligação do IC5 de Miranda do Douro a Espanha, “que apesar de ser um dos projetos assumidos como prioritários e acordados entre Portugal e Espanha, durante a última Cimeira Ibérica, não aparece no Plano”.

Assinaturas MDB