Bragança

A ex vice-presidente da CCDR-N diz que "a imperfeição do nosso modelo de governação provocou mortes" em contexto covid

Publicado por Glória Lopes em Seg, 2020-07-06 12:15

A antiga vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), Cristina Azevedo, defendeu, em Bragança, na passada sexta-feira, que o mau funcionamento do modelo de administração desconcentrada que vigora em Portugal foi mais evidente durante o contexto de pandemia covid-19 "a ponto de nem sequer sabermos exatamente quais são os organismos desconcentrados e os especialistas nem foram capazes de desenhar um mapa desses organismos que estão abaixo desse nível central", salientando que organismos intermédios como as direções regionais "funcionam mal, estão pouco capacitados, têm pouca autonomia e são quase desconhecidos", acrescentado que "existem mas não conseguem fazer nada por si e qualquer problema que se lhe apresente têm de pedir acima para fazer desta ou daquela maneira. As coisas não estão ligadas ao terreno é tudo gerido a nível central".
Cristina Azevedo, atualmente consultora na área do Desenvolvimento Regional e Fundos Comunitários, destacou que "desta vez, com o covid, nós podemos achar que temos fortes bases para achar que a imperfeição do nosso modelo de governação provocou mortes e deixou de ser um caso de política e passou a ser um caso de polícia ou de consciência".

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