Isabel Ferreira acredita em Bragança e quer realizar “projetos transformadores” para pôr o concelho no mapa

A deputada Isabel Ferreira, candidata à Câmara Municipal pelo Partido Socialista, criticou a “perda de influência” de Bragança a diferentes níveis nos últimos anos. “Desde logo no distrito, na região e no país. Isto é um sentimento generalizado. É um olhar, no meu caso, visto de dentro, mas também a visão exterior sobre Bragança e isso preocupa-me, porque temos todas as condições para nos afirmarmos enquanto capital de distrito e ter uma voz ativa na região Norte e com isso, também, no país”, explicou num encontro com a comunicação social, na passada segunda-feira.
Para retomar a influência perdida, a que não é militante do PS propõe “lideranças fortes e com estratégias ambiciosas”, reforçando que “acredita em Bragança” e está motivada para realizar “projetos transformadores” porque está empenhada em “ganhar” o município liderado pelo PSD há 27 anos.
Ainda sem revelar quem a vai acompanhar na lista, a deputada disse que está à procura “das pessoas certas” para mudar Bragança.
A investigadora do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) e antiga secretária de Estado da Coesão Territorial e Secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, considera que as questões da demografia e da economia são “os maiores desafios para resolver” no concelho,que luta contra “um envelhecimento populacional grande”. Por isso defende que as políticas locais têm de ser adequadas às caraterísticas da população. “Neste momento esses desafios são ameaças. É a ameaça da demografia e a ameaça da economia. Qualquer estratégia que se faça para a governação local tem de olhar de forma séria e verdadeiramente transformadora para estas ameaças que hoje temos”, afirmou a candidata socialista criticando a estratégia da atual governação autárquica do PSD, que está na liderança da Câmara de Bragança desde 1997. “Não tem sabido responder a essas ameaças e tem falhado redondamente naqueles que são os projetos que tem assumido como estratégicos, como o Museu da Língua Portuguesa [atualmente em construção, mas com um atraso de dois anos], falhou redondamente, a atração de desenvolvimento empresarial, que contribua para o volume de negócios de Bragança a nível nacional, falhou. Mesmo a verdadeira revitalização das aldeias também falhou”, acrescentou a candidata socialista que quer “pensar de forma diferente” para implementar os projetos de forma diferente.