Vimioso

Maioria social democrata aprova orçamento de 13,2 milhões de euros para 2022

Publicado por Francisco Pinto em Qui, 2022-01-06 14:44

O Plano e Orçamento do município de Vimioso para 2022 terá uma dotação financeira de 13,2 milhões de euros e foi aprovado por maioria na Assembleia Municipal.
“Este documento, agora aprovado por maioria tanto pelo Executivo Municipal como pela Assembleia Municipal, visa terminar os investimentos que vinham dos dois orçamentos anteriores e que têm a ver com a aplicação de fundos comunitários. Estamos a falar nas despesas de capital”, explicou o social-democrata, Jorge Fidalgo.
Destes investimentos, o autarca destaca as áreas da reabilitação urbana, tais como os arranjos urbanísticos em Vimioso, a intervenção na avenida de Argozelo, ou os projetos no âmbito do PREVERE, como os Centros de Dinamização de Caçarelhos ou Santulhão, obras que o município quer terminar em 2022.
A conclusão das obras em curso no Posto da GNR de Vimioso é outro dos propósitos e está orçado em 850 mil euros.

O autarca espera ainda que quando for apurado o saldo de gerência “possa haver algumas alterações ao Plano Plurianual de Investimentos porque haverá maior disponibilidade financeira para investimento”.

A requalificação de um novo açude no rio Angueira para reforço de abastecimento de água à população é outra das prioridades inscritas neste Plano e Orçamento deste município do distrito de Bragança.

O autarca salienta que 85 % do orçamento do município de Vimioso depende das transferências do Orçamento de Estado (OE), sendo “gasto em despesas correntes”.

“Dos 13,2 milhões de euros contemplados no orçamento municipal, há 4,5 milhões para investimento de capital e 8,8 milhões de euros para despesas correntes. Mesmo assim, ainda conseguimos ter uma excedente das receitas correntes de cerca de 320 mil euros que nos permite aumentar o investimento nas despesas de capital”, explicou Jorge Fidalgo.

A câmara de Vimioso tem uma dívida “residual”, mas depende de fundos comunitários para alavancar alguns projetos municipais.

“Não queremos estar a fazer investimentos que comprometam a saúde financeira do município”, observou.

No que toca aos impostos municipais, a taxa de IMI será de 0,3% sobre os prédios urbanos e de 0,8% sobre os prédios rústicos, com redução do imposto a pagar nos prédios destinados à residência permanente dos sujeitos passivos com dependentes a cargo.

O município de Vimioso não aplica a Derrama municipal.

Já a única vereadora na oposição eleita nas lista do PS, Débora Alves, justifica o seu voto contra o orçamento em sede de Executivo municipal, por entender que os projetos propostos não visam o real desenvolvimento da economia local e, consequentemente, a captação da população e, acima de tudo, entendo que não vão de encontro às reais necessidades dos habitantes do concelho de Vimioso.

“Está a insistir-se na realização de obras utópicas que são, nada mais nada menos, do que plataformas de lançamento ao populismo político. Falo, nomeadamente, no aumento dos terrenos da zona industrial: A criação de condições à captação de investimento é, e sempre será, uma medida pela qual todos teremos de lutar. A ação a realizar para essa finalidade é que nos distingue, e muito, na ótica do investimento baldio. Este empreendimento, vai traduzir-se na continuidade da ação errada que é praticada”, justificou.

Segundo a vereadora, “resumidamente, o orçamento apresentado por este executivo, traduz-se na contratação de pessoal sem justificação da sua finalidade e necessidade específica, assim como em obras de pouca utilidade e interesse para o real desenvolvimento do concelho''.

O executivo municipal de Vimioso é composto por quatro eleitos pelo PSD e um eleito pelo PS. O PSD tem, igualmente, maioria na Assembleia Municipal.

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