Bragança

PSD leva ‘bazuca’ para discussão na Assembleia Municipal

Publicado por Glória Lopes em Qui, 2021-03-04 09:42

O Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), cujo prazo de consulta pública terminou na passada segunda-feira, foi alvo de severas críticas na última sessão da Assembleia Municipal de Bragança, na passada sexta-feira. O assunto foi chamado à liça por Isabel Lopes, membro da bancada do PSD que considera que a estratégia “pouco ou nada contribuirá para a tão necessária coesão territorial correndo o risco de se tornar em mais uma oportunidade perdida para transformar Portugal num país mais equilibrado, mais coeso e, portanto, mais justo” e que a dimensão da recuperação foi completamente ignorada”.
A social-democrata considera que o PRR se trata de investimento público em serviços, equipamentos e infraestruturas “ignorando uma economia devastada e a recuperação”, lamentando que a consulta pública de um plano “desfasado da realidade” tenha tido um período limitado de 15 dias para apresentação de propostas. “O PRR não contribuiu para a coesão territorial, perdendo o risco de se transformar numa oportunidade perdida para transformar Portugal num país mais equilibrado e mais coeso e ais justo”, acrescentou Isabel Lopes, também deputada na Assembleia da República que considera que os três eixos definidos apontam essencialmente ao litoral, “privilegiam de forma inaceitável pelo exagero as áreas metropolitanas do Porto e essencialmente de Lisboa”. Em falta está um eixo que aponte para o interior e para o distrito de Bragança numa “bazuca apontada ao litoral”. Enumera os investimentos ausentes do PRR, como o IC5, o aeroporto regional de Trás-os-Montes, a ligação Bragança – Vimioso que inclui a ponte sobre o rio Maçãs, a requalificação e modernização de toda a Linha do Douro, até Barca d’ Alva, entre outros. O novo mapa ferroviário que servirá todas as capitais de distrito, exceto as duas do Interior Norte - Bragança e Vila Real. “Neste PRR o governo não ouviu as autarquias, mas ouviu as áreas metropolitanas do Porto e de Lisboa, não ouviu as CIM, nem as associações profissionais”, vincou Isabel Lopes.

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