Alfândega da Fé

Santuário dos Cerejais recupera fiéis na peregrinação

Publicado por Francisco Pinto em Qua, 2024-05-29 15:36

O Santuário do Imaculado Coração de Maria, nos Cerejais, concelho de Alfândega da Fé, acolheu no domingo a tradicional peregrinação anual, em que o número de peregrinos aumentou face aos últimos três anos.

As cerimónias foram presididas pelo Pe. Gonçalo Portocarrero de Almada, que tem ascendência transmontana, apesar de ser natural de Haia, nos Países Baixos.

“Os meus quatro avós nasceram em Lisboa, onde também vivo, sinto-me também transmontano. Com efeito, foi de Trás-os-Montes que o meu trisavô por varonia, em meados do século XIX, partiu para se estabelecer na capital, onde casou e ficou desde então. O seu filho primogénito, meu bisavô paterno, veio nascer a Bragança, reatando de algum modo a ligação a esta terra que, por ser a de seus pais, era, por isso, a sua pátria”, disse o clérigo durante a sua homilia.

Acrescentando que se sentiu muito unido a esta belíssima região, cujo sangue corre nas suas veias e é a terra de oito seus sobrinhos.

O clérigo destacou ainda ao Mensageiro que o Evangelho é bem acolhido pelos simples, e Deus não escolheu os mais sofisticados, os mais cultos ou famosos, escolheu três crianças em Fátima, para lhes transmitir uma mensagem.

“Creio que aqui no Santuário dos Cerejais, voltamos a reencontrar essa simplicidade que é tão grata a Deus e necessária para o apostolado cristão”, vincou.

O Pe. Gonçalo Portocarrero de Almada disse que ficou muito impressionado com a dinâmica em torno deste santuário Mariano, principalmente com a procissão, onde foi possível observar quadros vivos da Via-Sacra.

“Fiquei muito agradado com a participação dos muitos fiéis nestas celebrações e foi uma experiência muito significativa”, enfatizou o clérigo, que está ligado à Opus Dei.
Outras das referências do religioso foi à esperança à caridade, sublinhado que a fé tem de ser viva.

Já o pároco local, Manuel Ribeiro, explicou que ainda da pandemia houve muita gente que por aqui passou, depois da Covid -19 e todos o processo que isso originou houve um decréscimo de peregrinos e que agora volta à normalidade.

“Estamos a retomar a vinda dos peregrinos ao santuário, com muita vivacidade”, enfatizou.

Para além de todas as atividades religiosas houve ainda tempo para uma bênção de capacetes, ao ‘motards’ que ali se juntaram.

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