Eu sou antirracista
esde miúdo que me interrogo pela enorme diversidade do ser humano, quer do ponto de vista da cor, quer do ponto de vista da cultura e, sobretudo dos valores.
Primeiro ouvi as palavras do meu professor de religião e moral, estava eu então na escola primária, em que eu lhe coloquei esta questão, ao que ele me respondeu que, segundo Jesus, os homens são todos irmãos. Esta questão “mexeu comigo”, a princípio estranhei, mas como o meu avô materno era professor coloquei-lhe essa questão, ao que ele me disse: “Amanhã vou dar-te um livro para tu leres, depois, como és muito novinho eu explico-te o que não entenderes”. Agradeci-lhe e, para minha alegria, no dia seguinte lá recebi esse livro em que se explicava a origem do ser humano.
Fiquei a conhecer que, o berço da Humanidade, tal como o conhecemos hoje, está situado na “garganta” do lago Olduvai, na África., mais propriamente na Tanzânia. Depois, com o tempo foram-se espalhando por todo o Globo Terrestre. E eu, na minha ingenuidade perguntei-lhe: avô e então porque é que os homens não têm todos a mesma cor? Ele respondeu-me ele: “Toninho porque é que os homens e as mulheres vão para a praia?”, eu respondi-lhe “para ficarem morenos”! Vês? Os seres humanos, como habitam há milhares de anos em locais muito diferentes do globo, a sua pele foi-se adaptando aos raios solares, como disse Sérgio Schalka “o bronzeamento é um dos mecanismos de defesa da pele contra a radiação solar”1.
Aí eu percebi que SÓ HÁ UMA RAÇA HUMANA. Há é algumas etnias: “Etnia significa grupo que é culturalmente homogéneo. Do grego ethnos, povo que tem o mesmo ethos, costume, e tem também a mesma origem, cultura, língua, religião, etc. O termo etnia não é sinónimo de raça. A palavra raça caiu em desuso pela comunidade científica quando se corresponde aos grupos humanos2”. Portanto só há UMA RAÇA HUMANA, quando vejo pessoas racistas, para além de ignorantes acho-as com uma mentalidade retrógrada, fora deste tempo.
É evidente que as diversas etnias têm que se adaptar à cultura e maneira de viver da comunidade que as recebeu. Isso é fundamental e extremamente importante. Senão, aí temos a guerra, os egoísmos pela posse de riquezas e produtos fundamentais (como o gás, o petróleo, etc, etc, etc), aí temos o ódio, o roubo, e o tratamento desumano aos mais velhos, às crianças, às mulheres…
Termino com uma pequena frase de uma pessoa que eu muito admiro, Martin Luther King: “Aprendemos a voar como os pássaros e a nadar como os peixes, mas não aprendemos a conviver como irmãos”. Grande Homem.
