Da joeira para a peneira
Poucos jovens citadinos saberão distinguir numa feira semanal de caras e cunhos, uma joeira de uma peneira, mesmo indo ao sabichão de bolso movido a lítio mineral da predilecção do ministro Galamba, também conhecido pelo brinquinho, símbolo de servidão desde tempos imemoriais ainda usado por várias espécies de gado nos pastos e lameiros de Trás-os-Montes que, o inefável Galamba olhou a correr dado o receio de ser apedrejado.
Pois bem, a enxurrada de más acções e despropósitos cometidos por senhoras e senhoritos escolhidos para fazerem parte do governo do primeiro-ministro Costa levou a elaborar um requisitório, destinado a radiografa os escolhidos assim ao modo do testemunho da verdade.
Da joeira de crivo largo, o governo pretende passar a peneirar os currículos com a peneira do beijinho (na minha casa aldeã ainda existem), de maneira a extirpar cravos enraizados, verrugas e demais sinais de imperfeições não cutâneas dos seleccionados apresentando-os puros, limpos excrescências duvidosas de passado sem mácula à prova de fogo enxofrado e prateado.
Aplaudo a ideia, as provas, no que tange aos certificadores a época dos émulos de Torquemada deu lugar a máquinas da verdade que custam muito dinheiro, por assim ser, os oficiantes das devassas terão de ser impolutos até ao tutano de porcos de raças apuradas. Percebem?
As joeiras deixaram escapar almas atreitas a cederem às tentações, das peneiras do beijinho veremos qual vai ser a sua eficácia a detectar joio escorregadio bem como os cornichos de várias qualidades, matrizes, madrinhas e padrinhos. A cousa promete!
