O desastre com o elevador da calçada da glória, o pior e o melhor dum povo de contraste
O DESASTRE COM O ELEVADOR DA CALÇADA DA GLÓRIA,
O PIOR E O MELHOR DUM POVO DE CONTRASTES
1 – COMUNICAÇÃO SOCIAL, PIOR ERA IMPOSSÍVEL
Na sequência do trágico acidente com o elevador da calçada da Glória na cidade de Lisboa, segundo os números já apurados, para além dos vários feridos com maior ou menor gravidade ainda internados nos hospitais da capital, perderam a vida dezasseis pessoas de diversas nacionalidades.
Lamentavelmente, mais uma vez, como vem sendo hábito, para cobrir eventos desta gravidade e desta dimensão, a comunicação social, com raríssimas louváveis exceções, na ansia de ser sempre a primeira, optou por lançar para o terreno centenas de jornalistas mal preparados para casos desta dimensão e desta complexidade, enveredando por um género de informação sensacionalista, sem rigor e sem sentido, que ultrapassou todas as raias do ridículo e da vulgaridade do popularucho , atitude que em nada a prestigiam e, bem pelo contrário, acaba por lhe destruir toda a credibilidade.
A continuar nesta política desesperada e sem futuro de tentar manter a própria sobrevivência, insistam em explorar até ao tutano o pior dum sensacionalismo sem qualquer relação nem interesse para o país e sem a mínima consideração pelas pessoas que, hipoteticamente, ainda tenham paciência para as ler, especialmente às mais fragilizadas e com menor sentido crítico, continuem, horas e horas, quando não dias e dias afio, a massacra-las com a repetição de notícias manipuladas, falsas como Judas e mais velhas que a sé de Braga, e depois queixem-se de que a culpa da crise da comunicação social é das redes sociais e da falta de apoio do governo.
Porque, por mais que isso conviesse a muita gente, as coisas são o que são e não aquilo que ela gostaria que fossem, por respeito para com os leitores e para consigo próprios, por favor, parem para pensar e, especialmente no caso concreto desta enorme tragédia, respeitem a memória dos mortos e não agravem ainda mais o sofrimento dos feridos e das suas famílias, condições mínimas essenciais para salvaguardar a qualidade exigível de um jornalismo objetivo, sério e honesto, que preserve a verdade dos factos e onde não caibam papagaios nem outras aves canoras de arribação.
2 - MEU NOBRE POVO, NAÇÃO VALENTE E IMORTAL
Ainda bem que, dentro das responsabilidades e das possibilidades de cada um, a resposta rápida a esta tragédia, dada em cima da hora pelas gentes de Lisboa e da generalidade dos portugueses que, face à enorme dimensão dos danos e à perigosidade das condições em que as vítimas se encontravam, ignoraram todos os perigos para as localizar e libertar dos escombros e dos destroços do elevador, minorar a dor e o sofrimento dos feridos, evitando assim um maior número de vítimas mortais.
Estes é que são os grandes heróis do nobre povo português, os garantes do futuro desta nação valente e imortal e a razão do nosso sagrado, imenso e eterno orgulho de sermos portugueses.
Para todos eles, o agradecimento e o preito sincero da nossa mais profunda e eterna gratidão.