Editorial - António Gonçalves Rodrigues

O que fazer para chegar aos fundos do poço?

Há quem diga que os Fundos Comunitários são um poço sem fundo mas a verdade é que representam praticamente a única capacidade de investimento à disposição de Governo, cidadãos e empresários nos próximos anos.
Com uma grande parte do dinheiro dos impostos pagos pelos portugueses sorvidos pelo custo da dívida pública, que representa mais de 120 por cento de toda a riqueza produzida no país, torna-se ainda mais preponderante saber bem o que fazer com aquilo que o poço dos fundos disponibiliza.


Os valores e a notícia

Por norma, não gosto de me pronunciar sobre outros órgãos de comunicação social. Cada um sabe de si e Deus sabe de todos, já diz o povo.
Mas toda a regra tem a sua exceção.
Nas aulas de Imprensa no IPB, muitas vezes questiono os alunos sobre os valores-notícia que estão na base da informação publicada todos os dias.
Ou seja, aquele conjunto de valores que permitem aos jornalistas estabelecer critérios para a elaboração de notícias, publicadas nos jornais.


Nove anos depois...

Jorge Nunes foi presidente da Câmara de Bragança durante quatro mandatos consecutivos, entre 1997 e 2013, numa altura de grande dinâmica e convulsão social no Nordeste Transmontano.
Reunindo mais ou menos adeptos, é indubitável que deixou a sua marca quer no concelho, enquanto autarca, quer na região, enquanto líder de várias lutas.
Foi o presidente de Câmara mais tempo em exercício no concelho de Bragança desde 1820.
É, por isso, uma figura incontornável na história recente do Nordeste Transmontano.


Os receios e o Papa Francisco

Nas últimas semanas, têm proliferado as notícias especulando sobre uma possível resignação do Papa Francisco, à semelhança do que fez o seu antecessor, Bento XVI.
A causa da especulação são as dificuldades de locomoção de Jorge Bergoglio (o nome do argentino eleito Papa em 2013), devido a um conhecido problema num joelho.
Que o Papa mancava, já não era novidade. Há muito que eram evidentes as dificuldades físicas do homem que representa Pedro entre o povo de Deus.


Para cá do Marão, sobrevivem os que cá estão

Ficou famosa, há uns anos, a expressão “Para lá do Marão, mandam os que lá estão”.
Um ditado que expressava o isolamento a que a região de Trás-os-Montes foi votada durante séculos, muitas vezes quase esquecida pelo resto do país.
O progresso que se materializou na construção de autoestradas e do túnel que atravessou o coração da serra veio pôr alguma água nessa fervura, que forja o nervo dos que por cá estão.


Um país em contingência

O alerta foi lançado nas páginas do Mensageiro de Bragança logo no início do ano. A falta de médicos obstetras estava a obrigar o hospital de Bragança a transferir, em alguns dias, grávidas para o hospital de Vila Real, a 130 quilómetros. Uma distância que ainda é maior relativamente a outros concelhos, como Vimioso, Miranda do Douro, Mogadouro ou Freixo de Espada à Cinta.


Descentralizar, ‘descompetenciar’ e regionalizar

A expressão ‘descentralização de competências’ entrou, definitivamente, no léxico da política nacional.
Por não concordar com aquilo que foi decidido superiormente pelo Governo, Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto, decidiu que a sua autarquia deveria saír da Associação Nacional de Municípios.
O que está em causa é simples.
O Governo decidiu deixar de se preocupar com alguns aspetos da gestão pública, como os funcionários que zelam pelas escolas e centros de saúde, por exemplo, chutando essa responsabilidade para os municípios.


Quando a burocacia não tem juízo, o agricultor é que paga

O alerta surge nas páginas anteriores a este texto. A burocracia, que devia zelar pelo cumprimento de procedimentos e pelos preceitos de segurança é, em muitos casos, fastidiosa e pouco ágil, afetando a evolução de soluções para problemas reais de gente do dia a dia.
Que o digam os agricultores do distrito de Bragança (e de outros pontos do país) que, a partir de 2025, correm o risco de ficar sem o único produto que ainda vai fazendo alguma coisa contra o cancro do castanheiro, uma praga que ameaça um dos fatores de riqueza da região.


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