Editorial - António Gonçalves Rodrigues

A justiça do mercado

Há precisamente 13 anos, Portugal começava a acordar para um problema que viria a marcar a economia portuguesa na década seguinte: o colapso do Banco Espírito Santo (BES).
A implosão de um dos bancos históricos portugueses viria a concretizar-se um ano depois, em agosto de 2014.
O que é certo é que os contribuintes portugueses foram chamados a tapar um buraco de milhares de milhões de euros. O mesmo acontecera, em 2008, com o BPN e viria a acontecer mais tarde com o Banif.


Depois da poeira

Afinal, a Jornada Mundial da Juventude não foi desgraça e o flop que muitos velhos e novos do Restelo apontavam, esperavam e ansiavam.
Como se ouviu muitas vezes dizer, se há algum entidade capaz de organizar um evento destes, é a Igreja Católica. E isso ficou bem demonstrado ao longo da semana passada, com a generalidade de comentadores, participantes, crentes e não crentes e darem nota (muito) positiva ao maior evento que já se realizou no nosso país com concentração de pessoas num único espaço.


Marcante

A Jornada Mundial da Juventude, que por estes dias decorre em Lisboa, é um dos eventos mais marcantes que Portugal recebeu e organizou nos últimos anos.
Comparável a outras grandes organizações, como a Expo’98 ou o Euro2004, a JMJ tem, no entanto, sido alvo de um constante ataque de uma minoria, sobretudo nas redes sociais e em alguns órgãos de comunicação social.
Certo é que a alegria contagiante dos peregrinos que acorreram ao nosso território e ao nosso país não tem deixado ninguém indiferente.


Cuidar da casa de todos nós

Esta semana, o Papa Francisco pediu aos líderes mundiais que façam “algo mais concreto” no combate aos efeitos das alterações climáticas, lembrando que as recentes ondas de calor em muitas partes do mundo e as inundações em países como a Coreia do Sul mostram que são necessárias acções mais urgentes.
“Por favor, renovo o meu apelo aos líderes mundiais para que façam algo mais concreto para limitar as emissões poluentes”, disse o Papa no final da sua oração de Angelus, no domingo, para as multidões na Praça de São Pedro, citado pela imprensa.


Votar o interior ao esquecimento

Os agricultores portugueses pediram ao Presidente da República que incluisse o “mundo rural” entre os temas que vão a debate do estado da nação.
Segundo o jornal Público, os agricultores defendem que é preciso rever o Plano Estratégico da Política Agrícola Comum, acabar com a desarticulação existente no Ministério da Agricultura e definir medidas concretas de combate à falta de água.


Cortar sonhos aos jovens

A reunião do Conselho de Ministros da passada quinta-feira aprovou aquilo que promete ser uma machadada forte nas aspirações de milhares de jovens de prosseguirem os seus estudos no Ensino Superior, coartando as legítimas ambições de subir na escada social, ao mesmo tempo que afeta a sustentabilidade de várias instituições, sobretudo as do Interior do país.


(In)decisões

Ao longo de mais de 900 anos de história, Portugal vai seguindo o rumo de navegação à vista, com raras exceções de planeamento atempado, ordenado e eficaz.
A gesta dos Descobrimentos, pela mão de D. João II, bem como a própria criação do Reino de Portugal independente, sob a pena de D. Afonso Henriques, terão sido alguns dos poucos momentos em que a ação correspondeu a um planeamento aturado e cuidado.


O rebanho acorreu a receber o seu pastor

Se dúvidas houvesse quanto à necessidade de um rebanho manter uma estreita ligação com o seu pastor, elas ficaram desfeitas no passado domingo, com a Catedral de Bragança cheia de fiéis para acolher o novo bispo de Bragança-Miranda, depois de 17 meses em sede vacante.
O novo bispo de Bragança-Miranda apresentou-se ao povo de forma humilde e de coração cheio, permitindo mesmo um vislumbre dos seus dotes com a viola, junto dos jovens da diocese.
Uma proximidade que vai para lá das palavras e que tocou fundo o coração dos fiéis, que ansiavam pela chegada do novo bispo.


Bem vindo, D. Nuno

Depois de ano e meia de espera, a diocese de Bragança-Miranda recebe, este domingo, o seu 45.º pastor, o bispo D. Nuno Almeida.
O novo prelado chega já com quase oito anos de experiência e calejado dos problemas que afetam as dioceses do interior do país, ou não fosse originário de uma delas, Viseu.
Antes da chegada oficial à diocese de Bragança-Miranda, D. Nuno Almeida esteve à conversa com o Mensageiro de Bragança, jornal oficial desta diocese há 83 anos, ininterruptamente.


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