Editorial - António Gonçalves Rodrigues

Agora, escolha

Há 37 anos, a RTP estreou um programa que se popularizou rapidamente, apresentado por Vera Roquete.
Chama-se ‘Agora escolha’ e permitia ao espectador escolher uma de duas séries para ver, através do voto telefónico, enquanto passava em antena uma outra série.
Trinta e sete anos depois, a escolha dos deputados ainda não é feita diretamente por um programa de televisão (se calhar, porque ainda ninguém pensou nisso), mas tem dado pano para mangas e verdadeiras novelas, com juras de amor, paixões e traições.


Comunicar em democracia

“Comunicar é a coisa mais humana que existe.” A frase é do Papa Francisco e foi proferida na passada sexta-feira na audiência aos responsáveis ​​pela comunicação das dioceses, das congregações religiosas, das associações e movimentos católicos, das novas comunidades e paróquias na França.


Primeiros sinais

Os próximos dias serão pródigos em notícias sobre política no Nordeste Transmontano. É, por isso, conveniente estar atento ao Mensageiro de Bragança.
O Congresso do Partido Socialista do passado fim de semana deixou já claros alguns sinais sobre o que se poderá passar num futuro próximo.
Desde logo, o autarca de Macedo de Cavaleiros e candidato assumido a umas eleições para a Federação Distrital do PS que não se realizaram devido à queda do Governo, sai fragilizado de todo o processo.


Recomeços

Com a entrada num novo ano, o de 2024 da nossa Era, fazem-se balanços e apontam-se caminhos. Muitos fazem resoluções, mais como bengala psicológica do que como caminho de facto a seguir (quantas vezes decidiu perder peso, fazer uma alimentação mais saudável ou ler ‘aquele’ livro?).
Na missa de Natal, o Papa Francisco lembrava que “dizer sim ao Príncipe da paz é dizer não à guerra, à própria lógica da guerra e a todas as guerras”.


O ser e o parecer

Se há crítica que se ouve diariamente à sociedade que fomos construindo é a da prevalência do parecer ao ser. Ou seja, as redes sociais têm promovido uma cultura assente no visual, no bem parecer, em detrimento de uma cultura baseada em valores de atuação.


Tempos de fartura

Ainda a folha das árvores não começou a cair e já pululam nas tvs anúncios a uma parafernália de bugigangas, fazendo crer os espetadores mais incautos que a sua vida não será mais a mesma sem eles. É assim que percebemos que o tempo do Natal está a chegar.
Numa sociedade que produz muito mais do que aquilo que necessita para a sua subsistência, a cultura do desperdício está em voga, consumindo, vorazmente, os recursos de um planeta que, até ver, é único.


Mudanças em perspetiva

Nos últimos dias, ficou mais ou menos evidente que haverá mudança no ciclo de poder no concelho de Bragança mais cedo do que o esperado. O presidente da Câmara, Hernâni Dias, deverá mesmo integrar a lista de deputados do PSD candidatados pelo distrito de Bragança nas próximas Legislativas de 10 de março.


Orçamento com cheiro a eleições

O Orçamento de Estado para 2024 foi aprovado ontem na Assembleia da República, como algumas medidas surpreendentes, como aquela de que lhe damos conta aqui ao lado, da redução do IVA (Imposto de Valor Acrescentado) das alheiras de 23 para 13 por cento.
A medida, proposta pelos dois deputados do PS eleitos por Bragança, já há vários anos que vinha sendo reivindicada mas nunca conseguida.
De fora ficou o restante fumeiro, nomeadamente chouriças, salpicões ou butelos, que são produtos feitos em larga escala pela Espanha, com um grande volume de exportações para Portugal.


Casos e casinhos que se tornaram casarões

Ficou para a história a expressões dos “casos e casinhos” que o Primeiro-Ministro demissionário utilizou sobre os problemas legais que iam afetando elementos do seu executivo, há pouco menos de um ano.
Passados quase 12 meses, aquilo que se pôde verificar é que os casos e casinhos se tornaram autênticos casarões, ao ponto de terem custado ao país o Primeiro-Ministro eleito no âmbito de uma maioria absoluta do PS na Assembleia da Repúbica.


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