Douro Superior

Acusados de vandalizarem gravura rupestre em Foz Côa confessam crime em tribunal

Publicado por Francisco Pinto em Qua, 2020-09-30 16:24

Os dois homens, de 37 anos, acusados de vandalizar uma gravura rupestre no Parque Arqueológico do Vale do Côa (PAVC) confessaram hoje a prática do crime no tribunal de Vila Nova de Foz Côa.

Na audiência de julgamento, que começou hoje, os arguidos afirmaram que não tiveram "a perceção que na rocha onde fizeram o desenho e inscrição "BIK" houvesse alguma gravura rupestre.

"O ato foi uma coisa de segundos e só nos apercebemos da dimensão do caso pela comunicação social e pelas redes sociais, alguns dias depois", afirmou um dos arguidos perante o tribunal.

O outro arguido disse em tribunal que durante o passeio de BTT, que juntou cerca de 30 praticantes, não viu nenhuma placa naquele local [Ribeira Priscos] a indicar que por ali houvesse gravuras rupestres.

"Vim para casa de consciência tranquila, só depois ficamos em pânico quando nos apercebemos do sucedido", descreveu ao tribunal de Foz Côa.

Os dois arguidos disseram ainda que "tudo não passou de um impulso irrefletido" e que nunca tinham ouvido falar na existência da gravura em causa (Homem de Priscos).

Os dois suspeitos são residentes em Torre de Moncorvo e Macedo de Cavaleiros.

O julgamento deste caso prossegue no dia 07 de outubro de 2020, no Tribunal Judicial de Vila Nova de Foz Côa.

Os factos remontam ao dia 25 de abril 2017 e foram denunciados no dia seguinte pela Fundação Côa Parque, que gere o PAVC e o Museu do Côa.

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