FUTEBOL FORMAÇÃO

Agressões marcam dérbi distrital de juniores entre Bragança e Mirandela

Publicado por Guilherme Moutinho em Sáb, 2022-01-15 22:31

Cenas lamentáveis marcaram o final do encontro entre Grupo Desportivo de Bragança e Sport Clube Mirandela (1-1), realizado este sábado, em jogo relativo à 7.ª jornada do Campeonato Distrital de Juniores AF Bragança. As agressões ocorreram após o apito final, obrigando o árbitro Nuno Augusto a expulsar o guarda-redes suplente André Carvalho e o defesa Daniel Santos, ambos do Mirandela, por trocas de palavras e tentativas de agressão. Também Tomás Paulo, do Grupo Desportivo de Bragança, recebeu a cartolina vermelha e a consequente ordem de expulsão.

Os lamentáveis acontecimentos mancharam o dérbi distrital que se realizou, pontualmente, no Estádio Municipal de Bragança, ao invés do Centro de Educação Especial onde a equipa de juniores brigantina costuma realizar as suas partidas.

“Os acontecimentos que sucederam no final da partida não dignificam o futebol, isto é apenas um jogo de futebol. Não há necessidade para estes nervos,” lamentou Carlos Carneiro, treinador do GD Bragança, no final do encontro. Da mesma opinião, foi Gilberto Vicente, treinador do SC Mirandela, que rejeitou estas atitudes no seio do futebol. “Estas cenas no final do encontro não dignificam o futebol, nem o Bragança, nem o Mirandela merece isto”.

Quanto ao jogo, a equipa do Grupo Desportivo de Bragança viu fugir os três pontos aos 91 minutos, num jogo em que marcou primeiro e até criou mais oportunidades que o rival distrital.

Numa primeira parte pobre de ideias, a equipa do SC Mirandela conseguiu impor o ritmo do jogo, mas não logrou traduzir a maior posse de bola em ocasiões de golo claras. Por seu lado, a formação brigantina apostava num futebol mais direto e em transições rápidas, onde Hélder Daniel e Diogo Coelho mostravam capacidade para se soltarem das amarras e causar perigo nas suas movimentações atacantes.

As melhores ocasiões do conjunto orientado por Gilberto Vicente ocorreram nos minutos finais do primeiro tempo, com Lino Pereira (39’), Luís Costa (40’) e Daniel Santos (42’) a desperdiçarem oportunidades soberanas para chegar ao golo inaugural.

Na segunda parte, ao minuto 51, o treinador Carlos Carneiro foi expulso com dois cartões no espaço de um minuto por protestar as decisões da equipa de arbitragem liderada por Nuno Augusto.

Ao minuto 76, a partida começou a aquecer com trocas de palavras entre os jogadores que levou a um cartão amarelo atribuído a Daniel Santos. O ascendente dos brigantinos era notório e, aos 78’, Diogo Coelho e Hélder Daniel voltaram a causar o terror na defesa mirandelense, valeu o bom trabalho do guarda-redes João Barros. O golo brigantino não tardou e, aos 88’, o inevitável Hélder Daniel marcou de cabeça, na sequência de um canto batido por Leonardo Matos.

Minutos depois, João Riça, aos 91’, garantiu a divisão de pontos no Estádio Municipal de Bragança e festejou efusivamente para desagrado dos adeptos locais.

“O resultado foi justo, com alguma superioridade do Mirandela na primeira parte. Os meus jogadores sentiram muita dificuldade em jogar no relvado, pois estão habituados a treinar e jogar no sintético. Não é desculpa, mas dificultou a tarefa. Não podemos tirar mérito ao adversário, mas pelo que produzimos na segunda parte merecíamos mais do jogo,” afirmou no final do encontro o técnico Carlos Carneiro.

Para Gilberto Vicente a “estrelinha da sorte” esteve com o Mirandela. “Fica o resultado, um empate, num jogo disputado. Na primeira parte o Bragança esteve melhor, na segunda parte equilibrámos o jogo e acabámos por ter sorte com o golo do empate nos minutos finais”.

Com este resultado, o Bragança (19 pontos) segura a liderança a dois pontos dos rivais do Mirandela (17 pontos). Na próxima jornada, agendada para 5 de fevereiro, o Mirandela folga, enquanto o Bragança viaja a Macedo de Cavaleiros.

Fotos: Guilherme Moutinho

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