CTM Mirandela perde por falta de comparência no 1.º jogo da final do play-off por falta de atletas

Clube mirandelense tinha duas atletas ausentes em competições internacionais e responsabiliza federação por “erros grosseiros com consequências destruidoras da verdade desportiva”. Para ainda serem campeãs, as mirandelenses têm obrigatoriamente de vencer o jogo 2 da final para levar a decisão do título para uma terceira e decisiva partida.

A equipa açoriana do GDCS Juncal obteve uma vitória por falta de comparência do Clube Ténis de Mesa (CTM) de Mirandela no 1.º jogo da final do Play-Off do Campeonato Nacional feminino da 1.ª Divisão e está em vantagem na luta pelo título.

A equipa mirandelense não tinha a possibilidade de apresentar duas atletas: Marina Santa Comba (ausente na Colômbia numa competição já há muito tempo agendada) e Li Yu Jhun, China Taipé, que está a jogar pelo seu país no Mundial que está a disputar-se em Doha.

O 2.º jogo está marcado para dia 31 de maio às 15h00, em Mirandela, e se a equipa açoriana vencer sagra-se campeã nacional. No entanto, se o CTM Mirandela conseguir vencer, haverá lugar a uma terceira e derradeira partida, a disputar também em Mirandela, no dia seguinte, 1 de junho, à mesma hora.

O Clube Ténis de Mesa de Mirandela adianta na sua página oficial da rede social Facebook que “está de luto”, porque entende tratar-se de um dia negro para o Ténis de Mesa português e para o Desporto nacional, “por erros grosseiros com consequências muito lamentáveis, destruidoras da essência que é a verdade desportiva, inclinando claramente a mesa nesta final”, adianta o clube.
O primeiro erro, acrescenta o CTM Mirandela foi quando a Federação Portuguesa de Ténis de Mesa, “colocou a Final 1, do Play-Off, do Campeonato Nacional da 1ª Divisão Feminina, no dia 17 de maio, exatamente o dia em que, em Doha, no Qatar, tem início o Campeonato do Mundo Individual, em Ténis de Mesa, muito antes calendarizado pela Federação Internacional de Ténis de Mesa, entidade máxima da nossa modalidade”.

Sem nenhuma obrigação de o fazer porque ainda se jogava a 1ª Fase do campeonato, o CTM Mirandela “contactou a Federação, no dia 21 de março, denunciando a situação e ao mesmo tempo, informou também que a sua atleta Li Yu Jhun, China Taipé, estava selecionada pelo seu país e por esse motivo, não poderia jogar a final no dia 17 de maio. No dia 03 de abril voltamos a contactar a Federação, mas o assunto continuou por resolver até que, no dia 02 de maio fizemos o terceiro contacto e a partir daí, 43 dias depois, tivemos uma resposta que colocava o assunto na mera circunstância de alteração de jogos do campeonato, quando verdadeiro assunto, era e teria de ser de alteração do calendário nacional, respeitando a calendarização antes realizada pela ITTF”, conta o clube mirandelense.

O CTM Mirandela vai começar a perder, porque “não nos deixam jogar” e o que aconteceu que “as duas jogadoras do nosso clube, disponíveis para jogar, Annamaria Erdelyi e Inês Matos, viajaram para a ilha Terceira. O árbitro recebeu a formação, viu que a equipa tem apenas duas jogadoras e, por esse motivo, declarou a falta de comparência ao CTM Mirandela, que fica assim em desvantagem de 0/1 na final, mas pelo menos isso, evita dessa forma a descida à 2ª Divisão Nacional.

Depois, “quando a bola começar a saltar e se consiga ter nesta Fase Final, condições iguais às que existiram na primeira fase da competição, condição básica de seriedade desportiva, da responsabilidade da entidade de utilidade pública que é a Federação nacional, a imagem do nosso texto passará a ter mais cor e o Ténis de Mesa poderá tornar-se melhor e ter a dignidade que merece”, conclui o comunicado do CTM Mirandela.