Nordeste Transmontano

Está por definir quanto vai valer o voto de cada município e junta de freguesia na eleição dos presidentes das CCDR

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Publicado por Glória Lopes em Ter, 2020-06-09 09:47

A eleição indireta dos presidentes das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), prevista para o mês de Setembro, cujo decreto-lei foi aprovado na passada quinta-feira pelo Conselho de Ministros, determina que passará a ser feita por um colégio eleitoral composto pelos presidentes e vereadores das câmaras municipais, incluindo presidentes de junta de freguesia da respectiva área territorial. Até aqui os presidentes das CCDR, organismos que dependem diretamente do Ministério da Coesão Territorial, eram nomeados pelo governo.
A mudança que agora se implementa é assinalável, porém suscita dúvidas a autarcas transmontanos.
O presidente da Câmara de Miranda do Douro, Artur Nunes, admite que se trata de “outra forma de olhar para o território, com outra responsabilidade, porque sendo eleitos os presidentes, é outra perspectiva”, destacando, no entanto, que é preciso mais pormenores sobre o método de eleição. “Os colegas da Área Metropolitana do Porto já questionaram se é uma câmara um voto? Quando uma câmara tem mais peso do ponto de vista eleitoral que outra, significa que os territórios de baixa densidade vão ter o mesmo peso que os territórios mais povoados? Nós ainda não temos informação sobre isso. Se for um município um voto, a região do Litoral vai ter uma palavra a dizer. Nas câmaras municipais somos todos presidentes mas representando um território diferente, com áreas, populações e rendimentos diferentes. Há critérios que têm que ser esclarecidos”, defendeu o autarca.

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