Carrazeda de Ansiães

Maçã, vinho e azeite valem 25 milhões de euros por ano

Publicado por GL em Qui, 2023-08-31 14:11

A maçã, o vinho e o azeite movimentam cerca de 25 milhões de euros por ano no concelho de Carrazeda de Ansiães, adiantou o presidente da Câmara, João Gonçalves, na passada sexta-feira à margem da inauguração da feira setorial dedicada a estas produções.  O certame terminou no domingo com nota positiva. “Estes dados baseiam-se no conhecimento das associações de agricultores que têm os números das produções e o valor a que é comercializado e pago ao produtor. Há produtos que sofrem um processo que lhes traz mais valias, como o vinho”, explicou o autarca, salientando que se “fala em vendas de uvas, maçã e azeite. Os 25 milhões dizem respeito a um ano normal, o que não é o caso de 2023”.

O setor primário é, segundo  autarca, “de longe o suporte económico do concelho, a uva e o vinho são a atividade económica mais importante e impactante, tanto a uva vendida para a produção de vinho do Porto, como o negócio muito relevante que é a usada para a produção de vinhos DOP”, destacou João Gonçalves.

A maçã é uma cultura mais recente no concelho mas em três décadas já conta 700 hectares de plantação. Num ano normal prduzem-se 30 mil toneladas. Prevê-se um aumento desta cultura nos próximos anos quando a nova barragem da Veiga for construída. “O azeite não tem um impacto tão grande mas é um produto de excelência embora em termos de montante de negócio tenha menor relevância”, acrescentou.    
    
Quebra muito acentuada na produção de maçã

Este ano a produção de maçã sofreu uma quebra considerável, devido aos estragos provocados pelo granizo que caiu no final de maio e que em algumas localidades destruiu 90% da colheita. “O que vai ter um impacto económico muito negativo porque a maçã vai ser consumida para a indústria, com um valor de venda mais baixo, porque a maçã é depreciada”, referiu João Gonçalves.

O valor da diminuição da colheita não está ainda apurado. O presidente da Câmara disse que se fala numa percentagem “muito alta” de explorações atingidas “entre 80 a 90%, em média com quebras muito assinaláveis”.     

     
O certame, que decorreu durante três dias, contou com a presença de uma centena de expositores. “Tivemos uma procura muito grande e estamos no limiar do número que pensamos que a feira sustem. É uma questão de sustentabilidade e dos objetivos”, vincou o autarca.  

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