Bragança

MDM aproveita o 8 de Março para denunciar que as discriminações às mulheres prevalecem na sociedade

Publicado por Glória Lopes em Ter, 2022-03-08 11:07

A delegação de Bragança do Movimento Democrático de Mulheres (MDM) denunciou esta terça-feira, 8 de março, Dia Internacional da Mulher, que a efetivação dos direitos das mulheres no distrito de Bragança, no que concerne ao acesso à saúde, “está claramente comprometido”. Citando exemplos: “Várias maternidades fecharam portas, os profissionais de saúde tal como ginecologistas, obstetras e pediatras estão em número muito abaixo do necessário. A
título de exemplo, uma grávida transmontana que resida em Freixo de
Espada à Cinta, tem pela frente duas horas de viagem, cerca de 150 quilómetros, para uma simples visita a um obstetra no Hospital de Bragança”.
O MDM denuncia ainda que há creches não têm vagas suficientes e que o número de amas não corresponde às necessidades, assim quando as famílias são obrigadas a tomar a decisão na larga maioria dos casos são as mulheres
que abdicam do seu emprego para ficarem em casa com os filhos.
A nível nacional “persistem inúmeras discriminações nos locais de trabalho, agravadas por dois anos de pandemia covid-19, durante os quais se indica que o número da não renovação de contratos a gestantes subiu 17%, o valor mais alto
alguma vez registado”.
No mesmo comunicado revelam que muitos são também os atropelos aos direitos de que as mães dispõem no pós-parto, consagrados pela lei, mas sem
aplicação real, sendo que a discriminação da mulher começa logo na
tentativa de acesso ao trabalho. Já em termos salariais, embora nas
últimas três décadas se registe uma significativa e crescente melhoria nas
qualificações das mulheres, esta não é acompanhada pela atenuação da
diferença salarial, sendo que atualmente, a diferença de remuneração
entre homens e mulheres é de 10,6% em Portugal.
A violência contra as mulheres prevalece com números avassaladores na
sociedade portuguesa, estima-se que mais de 80% das vítimas de violência são do sexo feminino, sendo que, no ano de 2021, 27 das 32 mortes ocorridas nesse contexto, são de mulheres.

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