Ministério Público quer mais esclarecimentos sobre quadro psicológico da mãe que atirou o filho ao poço

O Tribunal de Mirandela decidiu hoje que voltará a ouvir a perita que elaborou o relatório social do caso da mulher acusada de crime de homicídio qualificado consumado, pela morte do filho que padecia de autismo e que atirou para um poço.
O coletivo de juízes deferiu um requerimento do Ministério Público que solicitava que a perita voltasse ao julgamento para que facultar outros esclarecimentos sobre Fátima Martinho, 53 anos, que cuidava sozinha do filho de 17 anos diagnosticado com autismo.
A sessão ficou marcada para o próximo dia 15 de setembro.
O crime teve lugar a 6 de julho de 2020 num terreno isolado a três quilómetros da aldeia de Cabanelas, concelho de Mirandela.
De acordo com a acusação, que se baseia na confissão da arguida, esta sedou com o filho autista e empurrou-o para um poço com seis metros de profundidade. Quando constatou que o jovem não se tinha afogado desceu e forçou o afogamento com as próprias mãos.