Rebordelo vence no reduto do Argozelo de olhos postos no segundo lugar (com galeria)
A ADC Rebordelo garantiu, este domingo, um importante triunfo na deslocação ao terreno do Minas de Argozelo, por 0-2, mantendo acesa a luta pelo segundo lugar com o Moncorvo, em jogo da 17.ª jornada do Campeonato Distrital da AF Bragança.
No primeiro tempo o equilíbrio foi nota dominante da partida, fazendo jus à tabela classificativa, embora a formação de Rebordelo tenha mostrado mais capacidade para segurar bola e a beneficiar de várias bolas paradas para aproximar-se da baliza adversária, mas com pontaria desafinada.
A resposta do Argozelo traduzia-se em remates de meia distância, com Litcha (19’) e Gancho (20’) a levar o perigo à baliza adversária, e nas incursões de Mantorras que, ao minuto 21, no 'um para um' com Rato não conseguiu ultrapassar o guarda-redes rebordelense.
No segundo tempo, apareceram os golos de André Filho (60’) e Ednan Muniz (69’). O primeiro golo nasce de um livre cobrado por Quintã do lado direito, André Filho elevou-se para cabecear e inaugurar o marcador.
Minutos depois, Ednan Muniz, na execução perfeita de um livre direto, fechou as contas em 0-2.
Já no período de descontos, aos 92’, os ânimos aqueceram entre os jogadores das duas equipas no relvado, terminando com a expulsão do defesa Cícero.
Nas declarações no final do encontro, Nuno Fernandes, técnico do Argozelo, lamentou os golos sofridos de bola parada, situação que apontou como recorrente. “Não era o resultado que queríamos, num jogo equilibrado de início ao fim. Quem marcasse golo iria ganhar vantagem, até pelas dimensões do campo, e foi o que aconteceu. Em desvantagem, arriscámos mais e sofremos mais uma vez um golo de bola parada. Temos 10 golos sofridos de bola parada no segundo tempo e essas desconcentrações custam-nos muitos pontos”.
Apesar da derrota, Nuno Fernandes mantém viva a esperança de alcançar o segundo lugar e respetiva vaga na próxima edição da Taça de Portugal. “Não atiramos a toalha ao chão, mas perder com um adversário direto complica muito as contas pela vaga ao segundo lugar. No futebol, não há tempo para chorar derrotas, temos que continuar a trabalhar e focar já no próximo jogo”.
Para Nuno Loureiro, treinador do Rebordelo, a receita para a vitória esteve na vontade e determinação mostrada pelos seus jogadores. “Sabíamos que iríamos defrontar uma equipa difícil, num campo complicado, mas penso que os meus jogadores tiveram a maturidade necessária para abordar este jogo. Só com atitude e agressividade positiva é que poderíamos alcançar a vitória aqui no Campo da Cova. É uma pena que nem sempre esta mentalidade esteja presente, quando estamos mentalmente fortes complicamos muito a vida aos nossos adversários. O resultado é justíssimo, apesar das oportunidades para ambos os lados no primeiro tempo, mas na segunda parte dominámos o encontro e justificámos a vitória,” concluiu.
Fotos: Guilherme Moutinho
