Opinião

Resposta a um jornal

Publicado por CR em Sex, 2013-06-14 14:12

Na sua penúltima edição, o «Jornal Nordeste» publicou o seguinte texto: “Mercador – Há um padre na diocese de Bragança que aproveita as missas para vestir a pele de promotor de vendas. Oh senhor padre, olhe que os fiéis ainda se lembram que Cristo expulsou os mercadores do templo … Então não lhe ensinaram isso em Roma?!”
Este texto merece-me as seguintes considerações:
1 - Como também os nossos leitores sabem, ainda não há muito tempo o mesmo jornal criticou o bispo de Bragança por causa do automóvel ao seu serviço. Na altura pareceu-me logo que a razão das críticas do «jornal Nordeste» não era o carro do sr. bispo, mas o jornal da diocese, que o sr. bispo redinamizou através da nomeação de uma nova direcção que, nesta hora de crise para toda a economia do país, tem sido capaz de levar a cabo uma obra de reajustamento financeiro e de relançamento redactorial, a ponto de o «Mensageiro de Bragança» se colocar na vanguarda da informação em geral, e da informação desportiva, política e religiosa, em especial.
E se alguma dúvida houvesse quanto às intenções «mercantilistas» da crítica do «Nordeste» ao bispo de Bragança, elas esfumaram-se por completo com o último texto citado em epígrafe. Por isso, vamos analisá-lo, fria e objectivamente.
2 – Antes de mais, convém dizer que não considero ninguém imune à crítica, pelo que também o bispo da diocese e o director do «Mensageiro» são susceptíveis de crítica. No entanto, esta tem de respeitar 3 condições para ter justificação, ou seja, deve ser feita de forma adequada, deve ser fundamentada e deve ter como objectivo o bem comum e não interesses particulares.
Ora, no caso em apreço, a crítica do «Nordeste» nem foi feita de forma adequada, nem é fundamentada, nem visa o bem comum.

2.1 – Em primeiro lugar, não foi feita de forma adequada, porque não identifica o alvo concreto das suas críticas. Ao falar num «padre da diocese» pode estar a referir-se a qualquer padre da diocese de Bragança, e isso é o mesmo que querer deitar uma lata de tinta ou de lama sobre uma pessoa, e aguardar que esta se meta no meio duma multidão para o fazer. É certo e sabido que, numa situação destas, irão ser atingidos todos os que estiverem à volta do alvo e muitos mais.
Aliás, ainda num passado recente, o próprio «Nordeste» criticou o «Mensageiro» por ter feito uma crítica a um professor do IPB, sem referir o seu nome. Ou seja, o «Nordeste» usa uma moral e uma deontologia para si, e outra para os concorrentes.

(ARTIGO COMPLETO DISPONÍVEL PARA UTILIZADORES REGISTADOS)

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